BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça (12) uma operação contra supostas ilegalidades na aquisição de coletes balísticos pelo governo brasileiro no ano de 2018, durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.

São 16 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos. O general Walter Braga Netto, na época interventor, teve o sigilo telemático quebrado pela Justiça. O militar foi candidato a vice na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Ambos são do PL.

De acordo com nota divulgada pela PF, a investigação busca apurar os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticadas por servidores públicos federais quando da contratação de empresa norte-americana para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço no ano de 2018. A compra foi formalizada pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.

A polícia informou ainda que a investigação começou com a cooperação internacional de Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations ? HSI) dos Estados Unidos.

"A autoridades americanas descobriram o crime no curso da investigação americana sobre assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021, na qual a referida empresa ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para executar a derrubar Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano", afirmou a PF.


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