BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta terça-feira (26) que as forças de segurança do estado vão manter a firmeza no combate à onda de violência, mas que ele não determinou que "trouxessem corpos".

"Com certeza, para chegarmos a esses números e a essa intervenção deles [facções criminosas], não é de agora, vem se montando há mais tempo, com disputas claras entre eles", afirmou o governador.

"E nós somos firmes, firmes no sentido de realmente barrar o processo. Em momento algum eu determinei que trouxessem corpos, ou de criminosos ou de policiais ou de inocentes. Mas a firmeza nossa é a firmeza de ir lá, fazer operações. A inteligência trabalhou e tem trabalhado com uma capacidade intelectual muito forte", completou.

O estado já registrou ao menos 35 mortos em supostos confrontos com a polícia apenas em setembro.

Rodrigues está em Brasília, onde teve uma reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e participou de uma cerimônia de anúncio de política para a indústria de saúde.

A Bahia enfrenta uma grave onda de violência, com o acirramento da guerra entre facções, chacinas e escalada da letalidade policial.

Parte dos óbitos aconteceu após a morte de um agente da Polícia Federal durante operação contra uma organização envolvida com tráfico de drogas e de armas, homicídios e roubos no bairro de Valéria, periferia de Salvador. Dois policiais ficaram feridos, e outras quatro pessoas morreram durante a operação.

A Bahia é o estado com maior número absoluto de mortes violentas do Brasil desde 2019, apontam dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.


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