SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Juiz de Fora registrou a primeira morte por febre maculosa em 2023.

Vítima é um homem de 37 anos, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde de Minas Gerais. Desde o início do ano, o estado registrou 40 casos de febre maculosa, sendo que 13 evoluíram para óbito. Uma pessoa está em investigação.

No período de 2018 a 2022, foram confirmados 190 casos da doença no estado e 62 óbitos. A taxa de letalidade média da doença para o período foi de aproximadamente 33%.

As faixas etárias mais acometidas estão compreendidas entre 41 a 60 anos, com 72 casos confirmados no período de 2018 a 2022. Na população infantil (faixa etária até 10 anos), 28 casos foram confirmados.

O QUE É FEBRE MACULOSA?

A febre maculosa, causada pela bactéria Rickettsia sp., é transmitida pela picada de carrapato. Ele se contamina ao sugar o sangue de animais infectados, como cavalos, capivaras ou vacas.

Ao entrar em contato com a pele de uma pessoa, precisa ficar grudado por cerca de quatro horas para conseguir transmitir a bactéria. A picada coça, mas às vezes passa despercebida, pois pode se tratar de um carrapato jovem muito pequeno, chamado de micuim.

No Brasil, há duas espécies da bactéria: a Rickettsia rickettsii, mais presente no Sudeste, causa uma doença grave com uma letalidade que chega a 55%, e a Rickettsia parkeri, registrada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará, que leva a quadros menos graves.

O diagnóstico precisa ser rápido. Após a contaminação, o período de incubação da doença dura em média uma semana, variando de dois a 14 dias.


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