SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os carros de aplicativo foram a alternativa de transporte escolhida por muitos paulistanos nesta terça-feira (3), em meio à paralisação de funcionários do Metrô e da CPTM. Por causa do movimento atípico, passageiros enfrentaram longa espera até conseguir embarcar.

"Já estou há quase uma hora esperando e nada. Pelo jeito vou atrasar umas três horas", disse a auxiliar administrativa Marlene dos Santos, 39, que trabalha em um hospital na região do Itaim Bibi, na zona oeste, e utiliza o trem como principal meio de transporte no dia a dia.

Ela aguardava do lado de fora da estação Corinthians-Itaquera, junto de uma colega com quem dividiria o percurso. "A corrida vai ficar R$ 80, mas pelo menos quem paga é a empresa", disse.

Desde as primeiras horas da manhã, dezenas de pessoas aguardavam pelo transporte particular com celulares nas mãos do lado de fora da estação. O local virou ponto de encontro para o recepcionista Wallyson Rodrigues, 22, e outros três colegas ?o grupo aguardava há meia hora pelo carro de aplicativo. "Por conta da greve, a gente marcou de encontrar aqui e a empresa chamou o carro".

Enquanto alguns passageiros disseram que o custo do transporte seria coberto pelos patrões, outros tiveram que tirar do próprio bolso para não perder o dia de trabalho. A auxiliar de limpeza Viviane Pinheiro, 38, desembolsou R$ 60 para chegar a Santana, na zona norte. "Eu sabia da greve, mas resolvi arriscar, achei que talvez abrisse o metrô. Agora tenho que correr, porque já perdi a hora", disse.

A auxiliar de limpeza Érika Souza, 40, também contava os minutos de atraso para o serviço, que fica no Brás. Ela esperava pelo motorista da empresa, que buscava outros funcionários na região. "Minha preocupação é com a volta para casa. Espero que já tenha voltado [a CPTM] até lá."


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