SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Metrô e a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) afirmam que vão à Justiça contra a greve de trabalhadores do transporte sobre trilhos em conjunto com servidores da Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo).

O sindicato não cumpriu determinação judicial que previa 100% do contingente trabalhando no horário de pico e 80% nos demais horários.

Em caso de descumprimento, a entidade pode ser multada em R$ 500 mil, de acordo com a decisão da Justiça.

Decisão do desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho) determinou que a categoria deveria manter 100% das operações nos horários de pico e garantir um efetivo de 80% dos trabalhadores nos demais horários.

Segundo a decisão, os metroviários teriam de manter efetivo total das 6h às 9h e, depois, das 16h às 19h.

Dois oficiais de Justiça, de acordo com o governo, estiveram no centro de controle operacional do Metrô e da CPTM nesta manhã e teriam constatado que a decisão do TRT não estaria sendo cumprida.

"A partir da constatação do descumprimento, o Metrô e a CPTM adotarão as medidas legais cabíveis para cumprir com as penalidades estabelecidas pelo judiciário", afirmou o estado.

O sindicato afirma que está recorrendo da decisão judicial, "pois ela não corresponde ao direito constitucional de greve. Reafirmamos que em alternativa a greve nos dispusemos a trabalhar com as catracas livres."

A paralisação, organizada em conjunto com servidores da Sabesp, tem como objetivo protestar contra o plano de privatização das empresas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).


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