SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que determinou que todas as forças policiais estejam nas ruas do estado para garantir a segurança e a circulação da população, um dia após 35 ônibus terem sido atacados em protesto contra a morte de um miliciano. Segundo o governador, metade dos detidos ontem já foi colocada em liberdade.

"Das 12 pessoas que foram detidas ontem, 6 foram confirmadas a prisão. Temos indícios de autoria e materialidade. Outras seis, por falta de indícios foram soltas, mas, as investigações e o monitoramento dessas pessoas continuam", afirmou.

A polícia não conseguiu provar que eles estavam envolvidos nos ataques em represália à morte do miliciano Matheus da Silva Rezende, o Faustão. Os outros seis presos serão indiciados por terrorismo, e a denúncia contra eles será encaminhada ao Ministério Público.

"A gente não vai ficar fazendo número se não há indício de autoria e materialidade. Ninguém está querendo arrumar volume para ser culpado", completou.

"Minha orientação é para toda a força do Rio de Janeiro na rua. Viaturas, carros blindados, helicópteros, drones, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar, Polícia Penitenciária também com nível máximo de cuidado e de alerta. Até estar totalmente estabilizado, assim vai ser a nossa postura para garantir que o cidadão tenha tranquilidade e o seu direito de ir e vir preservado", disse em entrevista coletiva.

Um dia após um ataque que deixou dezenas de ônibus queimados em retaliação contra a morte de um miliciano, o governador afirmou que o fornecimento de energia e o transporte coletivo funcionam dentro da normalidade.

"No meio da madrugada, fui comunicado que a energia já havia sido restabelecida em quase toda a totalidade. Só tínhamos questões pontuais ainda para o restabelecimento. Já falei ontem, falei de madrugada e agora de novo com o prefeito Eduardo Paes (PSD). Temos aí 80% da frota dos ônibus já funcionando e o trem na normalidade", garantiu.

O governador afirmou ainda que vai tentar encontrar o ministro da Defesa, José Múcio, em Brasília na quarta-feira. Ele vai pedir o reforço das forças federais nas estradas que levam ao Rio de Janeiro.

Castro também disse que vai se encontrar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para pedir o endurecimento da legislação para crime de terrorismo.

"Vamos fazer um pedido claro para que a gente endureça a legislação federal. Crime de terrorismo não pode ter progressão de pena", disse.

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