Intervenção federal
Desde a semana passada, o estado conta com a ação da Força Nacional de Segurança em ações de combate ao crime organizado.
Apesar da articulação com autoridades federais para atuação no Rio de Janeiro, o governador descarta a necessidade de uma intervenção federal no Rio, como a que houve entre fevereiro e dezembro de 2018.
“Eu não vejo o porquê. A polícia está na rua, está agindo. Nós estamos em um diálogo profundo com as forças federais, e eles estão vendo que está acontecendo. Eu falei com o ministro da Justiça [Flávio Dino] duas vezes ontem. Estamos aqui fazendo o combate necessário”.
Reação
Após os incêndios criminosos de segunda-feira, doze pessoas foram detidas. Segundo Castro, seis foram liberadas por ausência de “indício de autoria e materialidade”. Dois detidos na manhã desta terça-feira estão sendo investigados por participação nos crimes. Castro defende que os presos respondam por crime de terrorismo. Além disso, ele defende que as penas não tenham progressão de regime.
“Crime de terrorismo não pode ter a progressão de pena. A pena tem que ser 30 anos de regime fechado. Utilização de armas de guerra, a mesma coisa. Operar serviço público para tráfico, milícia, terrorismo, máfia também tem que ser um crime de 30 anos sem progressão”, ressaltou.
O governador informou que marcou uma reunião com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tratar de endurecimento da legislação federal.
“Ou a gente endurece a legislação como outros locais do mundo fizeram ou a gente vai ter essa mistura de México com Colômbia, como está virando o Brasil na área da segurança pública”, declarou.
Apesar de lamentar a reação dos milicianos, Castro exaltou a ação da polícia no combate ao crime organizado. “Tiramos de circulação um dos maiores líderes de milícias, não do Rio, do Brasil. Um que era conhecido como o senhor da guerra deles. Era o responsável por juntar tráfico e milícia e fazer as famosas narcomilícias”.
“No Rio de Janeiro, bandido não terá vida fácil. Continuaremos lutando para tirar esses criminosos de circulação, prendê-los, mandar líderes para os presídios federais, para que eles também não comandem a criminalidade de dentro das cadeias”.
Presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio ao estado do Rio, em uma publicação nesta terça na rede social X (antigo Twitter). “Vamos compartilhar as soluções com o governo local para que o Rio possa voltar aos jornais pelas suas belezas e o que tem de melhor”, escreveu.
“O problema da violência no Rio de Janeiro termina sendo um problema do Brasil. As fortes chuvas no Sul e as queimadas na Amazônia são problemas do Brasil. Esse governo não vai se esconder e dizer que é só problema dos estados. Eu já conversei com o Flávio Dino e hoje vou conversar com o Múcio. Vamos usar a estrutura dos ministérios da Justiça e da Defesa para ajudar a combater o crime organizado e a milícia no Rio. Nós queremos compartilhar as soluções dos problemas dos estados com o governo federal”, completou.
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