SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um oftalmologista foi preso por suspeita de importunação sexual contra uma paciente em Goiânia (GO).

A vítima, de 37 anos, procurou a delegacia para contar que sofreu o assédio no consultório do médico nesta segunda-feira (30).

Segundo a mulher, o suspeito teria esfregado o órgão genital contra ela e passado a mão no corpo dela no momento em que fazia um exame.

Autuado em flagrante, o médico negou o abuso em depoimento na delegacia e justificou o "toque" na paciente.

"O autor disse que apenas tocou o corpo da paciente porque ela estava demorando a responder ao estímulo esperado naquele exame médico", declarou a Polícia Civil de Goiás, em nota.

A identidade do oftalmologista não foi divulgada pela Polícia Civil, mas o órgão confirmou que há dois outros registros de importunação sexual feitos contra ele na polícia.

A reportagem não conseguiu encontrar a defesa do médico até o momento. O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher.

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA MÉDICA

Em casos de violência cometida por um profissional de saúde, seja obstétrica ou sexual, é possível fazer denúncias em diversos canais.

Você pode procurar a ouvidoria do próprio hospital ou clínica. Também recebe denúncias o conselho regional de medicina de cada Estado. Caso o denunciado seja um enfermeiro, auxiliar ou técnico, procure o conselho de enfermagem da região.

O Ministério Público Federal é outro órgão que pode receber denúncias, inclusive pela internet. Ainda podem ser acionados o Ministério da Mulher por meio do Ligue 180, canal do governo federal que funciona 24 horas por dia -funciona também por WhatsApp no número (61) 9610-0180. O Disque Saúde, do Ministério da Saúde, é outra alternativa, e funciona no número 136.


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