SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sob uma fina garoa no final da tarde desta quinta-feira (22), moradores de um condomínio na rua Mauá, no centro de São Paulo, fazem novo protesto contra a permanência da cracolândia.
Cerca de 20 pessoas bloquearam a via na altura da rua dos Protestantes, a cerca de 100 metros da concentração de usuários de drogas. O ato também cobra o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que, segundo os moradores, sumiu e os deixou desamparados.
"Ricardo Nunes, cadê você?" e "Ricardo Nunes, presta atenção, ano que vem tem eleição", são algumas das palavras de ordem entoadas pelo grupo.
Os moradores se queixam da insegurança que tomou conta do local após a chegada dos usuários de drogas.
A gente não consegue dormir. Eles fazem barulho 24 horas por dia. Só dorme quem toma remédio, disse uma autônoma de 49, que preferiu não se identificar.
A encarregada de hotelaria Adriana Lima, 49, disse ter feito um cartaz especialmente para o prefeito, que no entendimento dela desapareceu.
"A gente tentou várias vezes falar com o prefeito e não conseguimos. A gente quer segurança e poder abrir nossas janelas. O barulho é insuportável."
Os moradores também reclamam de muitos acharem que a rua dos Protestantes "é morta" e por isso poderia abrigar os usuários.
"Não é morta. Nós moramos aqui", acrescentou Lima.
Os moradores também pedem a reabertura do acesso da estação da Luz pela rua Mauá, fechada pela CPTM, após usuários da cracolândia passaram duas noites nas proximidades do local.
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