SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Dez dias após o desaparecimento do helicóptero que seguia de São Paulo com destino a Ilhabela, no litoral norte, a aflição dos parentes só aumenta, e a ideia é traçar uma estratégia de cooperação entre as famílias, com foco em buscas por terra.

Na aeronave estavam o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.

A varredura área em busca do helicóptero Robinson R44 e das quatro pessoas entraram no nono dia nesta terça (9), e uma reunião entre os familiares das passageiras e uma advogada que representa a família do piloto foi realizada no Campo de Marte, zona norte da capital.

"Solicitaram apoio para nós porque temos o mesmo objetivo, que é encontrar os quatro com vida. Nós vamos lá [onde estão sendo feitas as buscas]", disse Silvia Santos, irmã e tia das passageiras, na manhã desta terça, no Campo de Marte.

Segundo ela, a família do piloto está na cidade de Natividade da Serra, na região da serra do Mar, e teria contratado dez mateiros para fazer buscar por terra, na mata fechada.

"A gente ainda não tem certeza [se houve contratação de mateiros], então, vamos descer para lá agora para confirmar isso, para ver como estão as buscas", acrescentou Santos.

As buscas são feitas pela FAB (Força Aérea Brasileira), Polícia Civil, e Polícia Militar, e ainda não há pistas da localização da aeronave ou dos passageiros. As buscas por terra, contudo, só serão feitas quando quando houver coordenadas sobre a possível localização da aeronave, dizem as autoridades.

Neusa Rodzewics Santos, mãe e avó das passageiras, disse que chegou ao limite.

"Eu estou no meu limite. Preciso de uma resposta concreta, urgente, o mais rápido possível", disse após a reunião desta terça.


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