BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Exército puniu administrativamente 38 militares pelo furto de 21 metralhadoras no Arsenal de Guerra de Barueri, São Paulo, em setembro do ano passado.
Segundo o Comando Militar do Sudeste, entre as punições internas estão a prisão disciplinar, de um a vinte dias.
O comando informa ainda que o inquérito policial militar que trata do caso foi prorrogado pela Justiça Militar da União, em caráter excepcional, por se tratar de um caso que demanda a produção de muitos elementos e do retorno e informações e pesquisas. O inquérito corre sob sigilo.
Em outubro, a investigação conduzida pelo Exército já apontava que o furto havia ocorrido nas primeiras horas do feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava esvaziado.
Foi notada a falta de 13 metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62 durante uma inspeção.
Segundo o Exército, as metralhadoras são "armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção". Em pleno funcionamento, as metralhadoras .50 são capazes de derrubar aeronaves, por exemplo.
O circuito de energia do Arsenal de Guerra foi desligado durante alguns minutos, segundo a apuração militar, o que desativou as câmeras de segurança e o alarme do paiol, que é acionado por movimento.
Sem o alarme e as imagens, pelo menos três militares teriam atuado diretamente para romper o cadeado que mantinha em segurança o armário em que as armas estavam guardadas.
As metralhadoras teriam ainda sido transportadas para um carro do próprio Exército, que levou-as para fora do quartel.
Quando o furto das armas foi descoberto, todos os 480 militares do local ficaram aquartelados. Após uma semana, houve liberação gradual dos aquartelados. Além da autorização para sair, os militares receberam seus aparelhos celulares de volta.
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