SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu nesta quinta-feira (18) o suspeito pelo assassinato da enfermeira Íris Rocha de Souza, que estava grávida de oito meses. O corpo da vítima foi encontrado em uma estrada de Alfredo Chaves no último dia 11.
Íris foi encontrada com marcas de tiros e com o corpo coberto de cal. A enfermeira foi encontrada por um policial militar de folga em uma estrada que liga Matilde a São Bento de Urânia. A identificação da vítima só foi feita quatro dias após o crime.
Ela estava grávida de 8 meses. O quarto da filha mais nova, Rebeca, já estava sendo preparado pela família. A jovem também deixa um filho de oito anos, de seu primeiro relacionamento.
O suspeito foi preso pelos policiais da Delegacia de Alfredo Chaves. Diversas delegacias do Espírito Santo, a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e outras instituições trabalharam em conjunto para colaborar com a prisão.
O governador do ES comentou a atuação dos agentes. "Resposta rápida e eficiente das nossas forças policiais comprovando que esse crime cruel, assim como qualquer crime, não será tolerado e será combatido com rigor", escreveu Renato Casagrande (PSB) no X.
Uma entrevista coletiva sobre o caso será realizada ainda nesta quinta-feira (18). O texto será atualizado conforme as informações forem divulgadas.
A INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil descartou a possibilidade de envolvimento do PM que encontrou o corpo com a morte da jovem. "De acordo com as investigações, não há indícios de participação de nenhum servidor que pertença ao quadro da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES)"
A jovem morava em Jacaraípe, no município de Serra, região metropolitana de Vitória, a 120 km de onde o corpo foi achado. Os parentes não sabem explicar o que a jovem foi fazer na cidade, sendo que não conhecia ninguém na localidade.
Íris namorava, até o ano passado, um policial militar, de 27 anos. Familiares e amigos relataram que o relacionamento deles era conturbado e marcado por brigas.
Ela registrou um boletim de ocorrência há três meses contra o ex e relatou um golpe de mata-leão. No documento, ao qual o UOL teve acesso, Íris relatou que durante uma discussão ela omitiu uma informação sobre o trabalho, e o companheiro ficou irritado e teria dado o golpe nela, na própria cama. Ela desmaiou e acordou com o nariz sangrando. Na época, ela pediu uma medida protetiva. Amigos disseram que, nos últimos meses, o PM a estava perseguindo.
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