SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na cidade de São Paulo, entre 11 milhões de habitantes, vivem mais de 1.600 pessoas centenárias. Na contagem do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), eram exatamente 337 homens e 1.424 mulheres com mais de um século de idade.
Eles teriam idade suficiente para se lembrar da Revolução de 1932, quando a capital foi bombardeada por forças federais, e ter conhecido o antes e o depois do Plano de Avenidas que transformou a cidade na década de 1940. Podem ter visto a inauguração do parque Ibirapuera em 1954 e as demolições em série de casarões na avenida Paulista, em 1982.
Os números do Censo colocam São Paulo, maior cidade do hemisfério Sul, numa posição ainda mais singular. Apenas o número de pessoas com mais de cem anos na capital paulista é maior do que a população inteira de 71 municípios brasileiros.
Com uma quantidade notável de centenários, a cidade de São Paulo tem menos crianças do que a média brasileira. Há 325 mil bebês de 0 a 4 anos no município. Eles correspondem a 5,2% de todos os moradores, enquanto a média nacional é de 6,6%.
A pirâmide etária paulistana, por outro lado, tem seus maiores patamares entre os 35 aos 44 anos. São 1,9 milhão de pessoas nessa faixa etária, o equivalente a 16% de toda a população.
O município tem 739 pessoas quilombolas e 19,8 mil indígenas ?estes, concentrados principalmente no pico do Jaraguá, onde há a menor terra indígena do país, e nas aldeias Krukutu e Tenondé Porã, na zona sul. Mas a cidade tem uma proporção maior de pessoas brancas em relação ao país: são 6,2 milhões, ou 54%, enquanto a média brasileira é de 43%.
Em São Paulo, há 7.000 moradores para cada quilômetro quadrado de terra. A concentração de pessoas é centenas de vezes maior do que a média brasileira ?com menos de 24 habitantes para cada quilômetro quadrado?, mas ainda assim menor do que os municípios vizinhos.
Taboão da Serra, Diadema, Osasco e Carapicuíba, que cresceram em função da pujança econômica da capital, são os campeões brasileiros em densidade demográfica. Já São Paulo ainda conserva grandes áreas de mata, especialmente em distritos como Marsilac e Grajaú, na zona sul, o que faz com que a concentração de pessoas por território seja menor.
Dona do maior PIB (Produto Interno Bruto) municipal do Brasil, a cidade está longe do topo em termos de distribuição de renda. A remuneração média na cidade é de 4,3 salários mínimos, em 17º lugar no país. Já o PIB per capita é R$ 66,8 mil, atrás de 509 cidades brasileiras.
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