SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao participar da comemoração dos 90 anos da USP (Universidade de São Paulo), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai trabalhar para que cada estado brasileiro tenha uma universidade pública de excelência como a instituição paulista, que lidera os rankings internacionais acadêmicos.
O presidente viajou a São Paulo neste sábado (25) para participar do evento na Sala São Paulo, no centro da capital paulista. Apesar do vínculo da USP com o Executivo paulista, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não foi. Do primeiro escalão de sua equipe, só esteve presente o secretário de Ciência e Tecnologia, Vahan Agopyan, que foi reitor da USP.
Ovacionado ao ser anunciado, o presidente assistiu ao evento ao lado da primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e a esposa dele, Lu Alckmin.
Lá estavam também autoridades diversas, como o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli, que estudou direito na USP, e o casal Fernando e Ana Estela Haddad, ministro da Fazenda e secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, ambos docentes da instituição e responsáveis por incentivar a participação de Lula na celebração.
Outros ministros da Esplanada lulista foram Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Silvio Almeida (Direitos Humanos e da Cidadania) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).
Lula disse ser muito grato pelas contribuições que recebeu indiretamente da USP. "Embora eu não tenha tido a oportunidade de estudar na USP, fui muito ajudado por homens e mulheres que se formaram pela USP. Por isso, eu sou muito grato a essa universidade."
Ao destacar a excelência da USP e sua posição de liderança não só no Brasil, mas na América Latina, Lula disse ter cobrado do ministro da Educação, Camilo Santana, para que o país consiga ter mais instituições no topo internacional.
"Ter apenas a USP no topo do ranking mundial é muito pouco. Eu pedi para o Camilo, disse que precisamos de mais. Podemos ter uma USP em cada estado. Podemos ter muitas outras universidades entre as primeiras do mundo. Não vamos mais desperdiçar as chances de investir em educação", disse Lula.
O presidente afirmou que quer expandir o acesso ao ensino superior no Brasil. "Nós democratizamos o acesso ao ensino superior, com a expansão das universidades e institutos federais. Passamos de 3,5 milhões de estudantes para 8 milhões. É ainda muito pouco se a gente quiser melhorar esse país. É muito, mas ainda é muito pouco."
Também falou sobre a importância da política de cotas, implementada em 2013 nas universidades federais, mas que só chegou à USP em 2018. "Hoje mais da metade dos estudantes da USP vieram de escolas públicas. A USP agora está mostrando que para fazer parte do berço do conhecimento não é preciso ter nascido em berço de ouro", acrescentou o petista.
O presidente destacou, ainda, que os últimos anos foram de ataque à universidade, à produção científica e à educação como um todo. "Felizmente, esse tempo ficou para trás."
Durante sua fala, o Lula lembrou que, além do aniversário da USP, o dia 25 de janeiro também marca o dia do primeiro comício das Diretas Já. "Essa é uma data importante, de quando o Brasil começou a recomeçou a conquistar sua democracia".
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