BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que as doses de vacina contra a dengue serão distribuídas na próxima semana aos estados e municípios.
"As vacinas começarão a ser distribuídas na semana que vem e a partir da chegada nos municípios eles organizam a sua vacinação", afirmou. A declaração foi dada durante a reunião ordinária da CIT (Comissão Intergestora Tripartite) nesta quinta-feira (1°).
O imunizante não será inicialmente enviado para todas as regiões de saúde. No entanto, a pasta afirma que a programação será divulgada com a distribuição da vacina.
No início da semana, o ministério declarou que aguardava liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para realizar o envio das vacinas sem a necessidade da bula impressa. Adicionou também que os imunizantes passariam pela análise e controle de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.
A pasta vai disponibilizar as doses para 37 regiões de saúde que estão distribuídas em 16 estados e o Distrito Federal, priorizando aqueles com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus.
Essa iniciativa abrangerá mais de 500 municípios e priorizará a imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que tem maior taxa de hospitalização pelo vírus.
A previsão do governo é vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024. O esquema vacinal será composto por duas doses, que serão aplicadas em um intervalo de três meses.
Nísia também anunciou a criação do COE (Centro de Operação de Emergência) para a dengue. Para a ministra, é importante uma mobilização nacional de combate a doença.
"O COE reforça a capacidade de mobilização, significa um estágio de mais estrutura para situações de emergência e para nos anteciparmos a qualquer situação", disse.
Membros do Ministério da Saúde, Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) disseram durante a reunião que vacina não é a solução, mas uma aliada no enfrentamento da doença.
"A vacina não é uma solução para esse momento de surto de dengue porque é uma vacina aplicada em dois momentos com intervalo de três meses. Nós estamos falando de uma situação de grande número de casos", completou a ministra.
A pasta afirmou que o sorotipo 2 ultrapassou o tipo 1 da doença em sete estados e no Distrito Federal. A situação preocupa gestores pela sua característica, que pode causar mais epidemias e casos graves.
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Nísia Trindade
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