SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) multou a Enel em R$ 165 milhões pelo apagão que atingiu São Paulo em novembro do ano passado.
Agência diz que empresa falhou ao não prestar serviços de forma adequada. Para justificar a multa, a Aneel usa trecho de resolução normativa que dita as regras de operação de empresas distribuidoras de energia. Esse item diz que as companhias podem ser penalizadas por "implantar, operar ou manter instalações de energia elétrica e os respectivos equipamentos de forma inadequada".
A Aneel afirma que a Enel também descumpriu contrato ao não garantir energia a moradores afetados por temporal. Cerca de 2,1 milhões ficaram sem luz, segundo a própria distribuidora, após todo o estado ser atingido por fortes chuvas em novembro.
A Enel ainda pode recorrer da multa aplicada pela agência. De acordo com a Aneel, se esse recurso for recebido, ele ainda vai ser apreciado pela área técnica do órgão para, depois, ser encaminhado para a diretoria, que é quem decide se acolhe ou não.
O UOL entrou em contato com a Enel. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.
SETE PESSOAS MORRERAM APÓS CHUVAS
As mortes causadas pelo temporal foram registradas em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras quatro cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil. A sétima morte confirmada foi a de Ilhabela, onde uma pessoa morreu após uma embarcação naufragar.
Temporal derrubou árvores e teve ventos de mais de 100 km/h. As rajadas de vento superiores a 100 km/h durante o temporal foram as maiores já registradas pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo desde 1995, quando os dados começaram a ser computados.
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