SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um homem desarmado foi baleado à queima-roupa por um policial militar na tarde desta sexta-feira (9) na rua Primavera, no parque Bitaru, na periferia de São Vicente, na Baixada Santista.

A Polícia Militar confirmou a ocorrência, mas não deu explicação. Vídeos gravados por testemunhas mostram a ação.

O pai da vítima, que tem 27 anos, contou para a reportagem que eles estavam trabalhando quando os policiais chegaram. Eles se recusaram a colocar a mão na cabeça, o que motivou uma discussão seguida dos tiros e agressões.

O homem foi baleado com dois tiros, um na perna e outro na lateral do tórax. Segundo o pai, o segundo disparo atingiu o pulmão. O jovem está na UTI de um hospital na região, afirma.

Em um dos vídeos testemunhas gritam e chamam de covardia a ação do policial. Uma pessoa grita para os policiais buscarem "os caras certos". "Quer ser vingar, vai buscar quem matou o policial", diz.

Desde a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, na noite de sexta-feira (2) em Santos, a Baixada Santista vive uma sequência de violência, que fez o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, transferir a cúpula da pasta para Santos. Derrite também anunciou o reforço com policiais da capital e da Grande São Paulo.

Outra iniciativa, desta vez do Comando da PM, foi colocar toda a tropa de sobreaviso.

O sobreaviso não impõe aquartelamento, ou seja, o recolhimento da tropa, mas podem ser determinadas revistas extraordinárias, a critério do comandante. As folgas devem ser obrigatoriamente gozadas nas residências ou, então, deve-se ficar em condições de acionamento, caso a situação exija.

Derrite ainda declarou encerrada a Operação Escudo, que é colocada em prática toda vez que um PM é morto ou atacado. Segundo ele, as ações atuais no litoral são denominadas Operação Verão.

Além de Cosmo, o cabo José Silveira dos Santos foi morto na manhã de quarta-feira durante patrulhamento na periferia de Santos.

Diversas tropas da PM deixaram a capital e a Grande São Paulo para reforçar o patrulhamento no litoral em decorrência da onde de violência após a morte de três policiais militares, dois deles em serviço.

Ao todo, 14 pessoas morreram em supostos confrontos com policiais militares. Oito casos ocorreram em Santos, dois em São Vicente, Cubatão e Itanhaém. Entre os mortos dois adolescentes de 14 e 15 anos.


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