FOLHAPRESS - Após um atraso de cerca de 40 minutos, o desfile do tradicional bloco Toca Raul, na Praça Tiradentes, região central do Rio, finalmente teve início.
Ao subir no palco, cantores criticaram a prefeitura do Rio de Janeiro e a produtora contratada para o carnaval de rua, Dream Factory. O bloco fez críticas às grades de contenção que rodearam a praça e impediram livre circulação dos foliões. Pessoas precisaram dar a volta na praça para chegar ao cortejo.
"Há uma máfia que se autodenomina 'Fábrica dos Sonhos' [Dream Factory] e é o maior pesadelo do carnaval carioca nos dias de hoje. Eles falam que é para sua segurança [gradear a praça], mas eles só se importam com o bolso", disse Emilio Rangel, um dos fundadores do bloco e que personifica Raul Seixas no show.
Antes do início do Carnaval oficial, ligas de blocos independentes criticaram a falta de repasses da prefeitura para a realização das folias.
No início do show, a banda do Toca Raul também fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles fizeram referência às investigações da Polícia Federal sobre as suspeitas de tentar abolir o estado democrático de direito durante a gestão passada do governo federal.
"Golpistas, não passaram", gritaram os músicos, sendo seguidos pelos foliões.
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