SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça do Rio de Janeiro determinou que Luís Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, seja transferido para um presídio federal. Ele é acusado de ser o chefe da principal milícia com atuação na zona oeste do Rio.

A decisão foi proferida pela 2ª Vara Criminal da Capital. Também foi determinado que Marcelo de Luna da Silva, o Boquinha, seja encaminhado para uma penitenciária federal. Boquinha é acusado de integrar a milícia liderada por Zinho.

Ministério Público citou a "alta periculosidade dos acusados". Na manifestação encaminhada à Justiça do Rio, a procuradoria também apontou os riscos das presenças de Zinho e Boquinha para a sociedade que vive no estado.

Juíza determina a inclusão da dupla em regime disciplinar diferenciado. A medida inclui a permanência do presidiário em cela individual e limitações ao direito de visita, bem como às saídas da cela. Atualmente, Zinho está preso no presídio Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio.

"Ressalta-se que os grupos de milícia instalados neste Estado, fortemente estruturados e ostentando capilaridade por todo país e até no exterior, vem, diuturnamente, protagonizando o terror infligido, em especial, aos moradores de comunidades carentes, deles fazendo reféns e gerando situação de instabilidade por anos e sem descanso. Tudo isso já aponta para o grave e concreto risco que a permanência do referido réu em solo fluminense representa à continuidade das políticas de segurança pública em desenvolvimento no Estado", escreveu a magistrada em sua decisão.


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