SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Balneário Camboriú (SC), Santos (SP) e São Caetano do Sul (SP) são as três cidades brasileiras que possuem mais da metade da sua população vivendo em apartamentos, contrariando a regra na maioria das cidades do país em que a casa é a forma predominante de morar, segundo a pesquisa de características de domicílio do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre esses três municípios, São Caetano foi o que mais avançou na proporção da sua população vivendo em apartamentos entre as pesquisas de 2010 e 2022, passando de 35,3% para 50,8%.

Balneário Camboriú também rompeu a barreira de 50% de moradias verticais nesse intervalo, passando de 48,9% para 57,2%.

Santos já tinha um processo de verticalização mais consolidado em 2010, com 57,8% dos seus habitantes em prédios, e essa proporção avançou para 63,5% em 2022 ?a maior do país.

Em comum, essas três cidades estão em pontos estratégicos de regiões metropolitanas com forte atividade econômica e, dado à faixa territorial habitável relativamente pequena, podem ter sido levadas ao adensamento populacional por meio de construções verticais, segundo Bruno Perez, técnico da coordenação de população e indicadores do IBGE.

Morar em apartamento é fenômeno crescente no país, mostra a pesquisa. Esse grupo de moradores avançou de 8,5% para 12,5% da população entre 2010 e 2022. Mas a casa é o modo de habitação predominante, respondendo por 87,2%.

Apesar do avanço, apenas 49 dos 5.570 municípios do país possuem 25% ou mais da sua população morando em prédios.

Em média, as cidades têm apenas 2,5% da população morando em prédios. São os municípios mais populosos que empurram para o alto os dados da verticalização.

Das 319 cidades com 100 mil habitantes ou mais, 171 possuem 10% ou mais dos seus moradores vivendo em apartamentos. Em 14 delas mais de um terço da população (33,3%) está em condomínios verticalizados.


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