SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A polícia da Índia já identificou os sete suspeitos de estupro coletivo de uma brasileira.
A informação sobre a identificação foi confirmada pela Embaixada do Brasil na Índia. Desses sete suspeitos, quatro foram presos e três estão foragidos. Três homens que foram detidos nesta segunda-feira (4) pela ocorrência confessaram que participaram do estupro da brasileira.
ATACADOS EM ACAMPAMENTO
Fernanda Santos e Vicente Barbera foram atacados após montar um acampamento. O casal estava no distrito de Dumka, na noite de sexta-feira (1º).
A brasileira relatou ter sido estuprada e roubada por sete homens. Fernanda também tem nacionalidade espanhola.
"Algo aconteceu conosco que não desejamos a ninguém. Sete homens me estupraram, nos espancaram e nos roubaram. Não levaram muitas coisas porque o que eles queriam mesmo era me estuprar. Estamos no hospital com a polícia", escreveu Fernanda em uma rede social.
Casal também foi espancado. Vicente disse que os criminosos usaram um capacete e uma pedra para golpeá-lo na cabeça. "Minha boca está destruída, mas Fernanda está pior".
A Embaixada do Brasil na Índia considerou o fato "grave ataque criminoso" e está prestando assistência ao casal junto com autoridades indianas e espanholas.
CASAL VIAJA DE MOTO PELO MUNDO
A brasileira Fernanda e o marido, o espanhol Fernando, são motociclistas e blogueiros de viagem. Eles viajam pelo mundo e publicam suas aventuras na internet.
O casal diz acreditar na solução rápida do caso. "A polícia está fazendo tudo o possível para pegá-los", afirmou Vicente. "Em breve vão pegá-los. Estou seguro. Eles têm os dados deles."
Marido reforçou que a Índia é um grande país. Em um vídeo publicado neste domingo, o casal procurou tranquilizar os amigos e familiares.
Vicente também agradeceu ao apoio. "Nós nos encontramos bem. Agradecemos de coração por todos apoio que vocês têm nos enviado, por todos os meios. Obrigado à polícia e a todos."
INDENIZAÇÃO DE R$ 60 MIL
O casal recebeu o valor de um milhão de rúpias (cerca de R$ 60 mil) como indenização. "Estamos realizando investigação exaustiva e tentaremos garantir um julgamento rápido e uma condenação", disse Anjaneyulu Dodde, comissário adjunto do distrito de Dumka, no Estado de Jharkhand, onde ocorreu o ataque.
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