RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil investiga se um gerador de energia movido a gasolina foi a origem do vazamento de gás que deixou quatro pessoas mortas e três em estado grave, neste domingo (10). As vítimas, todas da mesma família, estavam dentro da casa em que moravam no bairro Vitória, em Vacaria, na Serra do Rio Grande do Sul.
O delegado Anderson Silveira de Lima disse à reportagem que a apuração preliminar indica que a tragédia tenha sido acidental. "As próprias vítimas colocaram o gerador para dentro da residência, havendo emissão de gás carbônico que tomou conta da casa", afirmou. Ainda assim, a polícia não descarta outras hipóteses.
O gerador foi apreendido e passou por perícia. A Polícia Civil também apreendeu celulares e roupas. O Instituto-Geral de Perícias vai realizar a necropsia.
Testemunhas ouvidas nesta segunda (11) relataram que a residência não tinha energia elétrica e que, por isso, a família usava o equipamento para gerar energia, mas que o mesmo costumava ficar do lado de fora da casa.
Ao todo, sete pessoas dormiam na casa: uma mulher, um homem, uma adolescente e quatro crianças.
Por volta das 8h30, um parente chegou no local e encontrou a casa fechada e com forte cheiro de gás. Em seguida, viu os familiares desacordados e pediu socorro. As vítimas estavam dentro dos quartos do imóvel.
O Corpo de Bombeiros foi acionada e os militares fizeram atendimento no local, com apoio do Samu.
Cíntia de Moraes Costa, 36, foi encontrada morta no local. As filhas dela, Ana Júlia Costa, 15, Cíntia Maria Costa, 11, e Samara Costa, 3, chegaram a ser levadas com vida para o Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Vacaria, mas não resistiram. Segundo a unidade, elas deram entrada no hospital com parada cardíaca.
Outras duas filhas, de 9 e 7 anos, e o companheiro de Cíntia, de 31 anos, sobreviveram e estão internados em estado grave.
No fim da noite de domingo, as crianças sobreviventes foram transferidas de avião para o Hospital Universitário de Santa Maria (a cerca de 410 km), na região central do estado. O transporte foi necessário porque não há UTI (unidade de terapia intensiva) pediátrica em Vacaria. Elas estão entubadas.
Segundo a Prefeitura de Vacaria, a família fazia parte de programas sociais do município. A Secretaria de Educação da cidade informou que duas escolas municipais mas quais as vítimas estudavam suspenderam as aulas nesta segunda-feira (11) por causa das mortes.
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