RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O SindPetro (Sindicato dos Petroleiros) do Rio de Janeiro solicitou à categoria doação de sangue em nome do petroleiro Bruno Lima da Costa Soares, 34, que foi atingido por três tiros durante o sequestro a um ônibus na Rodoviária do Rio, na tarde desta terça (12).
O pedido por doação já havia sido feito pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Somente na primeira hora de atendimento foram necessárias seis bolsas de sangue para o paciente. Ele foi atingido por três disparos que causaram lesões no tórax.
Uma das balas está alojada próximo ao coração, e por isso ele foi transferido para o Incor (Instituto Nacional do Coração), em Laranjeiras, zona sul do Rio.
"Segundo a Secretaria de Saúde do Município do Rio, ele passou por cirurgia delicada e necessita de doação de sangue. O Sindipetro-RJ pede apoio da categoria", diz o comunicado dos petroleiros.
As doações podem ser feitas no Hemorio (localizado na rua Frei Caneca, 8, centro), até as 18h. Ao chegar ao banco de sangue o doador deve informar o nome da vítima. "Vamos ajudar o petroleiro, a solidariedade neste momento pode salvar Bruno", acrescentou o sindicato.
De acordo com a diretora do Incor, o quadro do paciente é estável. "Ele está em um ambiente de terapia intensiva, no CTI, mas felizmente é um quadro estável no momento. E, diante dessa estabilidade, está sendo avaliada a melhor estratégia de abordagem para ele neste momento", afirmou Aurora Issa.
Segundo ela, foi o secretário que solicitou a transferência, na madrugada desta quarta (13), devido à possibilidade de o paciente "precisar de uma cirurgia cardíaca que o Hospital Souza Guiar não poderia oferecer".
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, publicou uma mensagem lamentando o ocorrido e disse que a estatal presta suporte no atendimento médico.
"Pedimos a energia positiva e as orações de todos e todas para que nosso recém-concursado Bruno Lima da Costa Soares, técnico de estabilidade - operação de lastro, que entrou no nosso time em novembro do ano passado, se recupere plenamente e possa logo voltar a envergar o crachá Petrobras", escreveu, em uma rede social.
Morador de Minas Gerais, Soares estava no Rio em treinamento na estatal e foi baleado ao subir no ônibus para viajar até Juiz de Fora, na rodoviária Novo Rio. O atirador estava fugindo do Comando Vermelho e fez os disparos após confundir o petroleiro com um policial, de acordo com a polícia. Ele se entregou após fazer 16 pessoas reféns, entre eles uma criança e seis idosos.
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