SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Na última sexta-feira (15) a professora Êmy Virgínia compartilhou em suas redes sociais que a sua demissão do IFCE (Instituto Federal do Ceará) foi revertida pela CGU (Controladoria-Geral da União). Ela respondia a um processo administrativo que apontava "falta de assiduidade", que está em doutorado no Uruguai. Para a professora, sua demissão é um caso de transfobia.
Entre abril e setembro de 2019 Emy, que era professora do campus Tianguá do IFCE desde 2016, precisou se afastar por um total de 79 dias para o seu doutorado na Universidad de la República, em Montevidéu, no Uruguai.
Segundo a professora, com anuência da coordenação do Instituto Federal e em acordo por escrito com os alunos, ela antecipava as aulas, antes de embarcar para Montevidéu.
Contudo, o IFCE classificou a postura da professora como "inassiduidade habitual", situação em que um funcionário se distancia do posto de trabalho por mais de 60 dias em um ano.
A CGU reverteu a demissão e anulou o processo administrativo movido contra a profissional. A determinação obriga que a docente seja reincorporada pela instituição de ensino, além de receber remuneração retroativa e corrigida.
Em suas redes sociais, Êmy Virgínia comemorou a decisão. "Meu coração está transbordando gratidão", publicou no Instagram. Nas redes da professora, alunos publicaram vídeos em apoio ao seu retorno para a instituição federal e a hashtag #EmyFica foi levantada em uma campanha mobilizada por estudantes após a sua demissão.
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