SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Preso na manhã deste domingo (24) por suspeita de autoria intelectual do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, o ex-chefe da Polícia Civil no Rio do Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, assumiu o cargo na véspera do crime, em 13 de março de 2018.

O assassinato da vereadora e do motorista aconteceu na noite do dia 14.

Ele foi preso parte da operação Murder Inc., realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Além dele, os irmãos Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio também foram presos.

Os nomes envolvidos são suspeitos de serem os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

A operação foi realizada no domingo para surpreender os suspeitos, de acordo com as primeiras informações. Há a indicação de que eles tentariam fugir. Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), todos no Rio.

Sob a chefia de Rivaldo, a Civil do Rio cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão ligados às mortes. Em um deles, em dezembro de 2018, agentes da Delegacia de Homicídios da capital foram a 15 endereços espalhados pelos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Na época, o delegado afirmou que a ação estratégica "estava buscando provas concretas para a condenação dos assassinos".

"Eu não posso levantar o sigilo senão eu estrago a investigação", disse.

Segundo a polícia, a operação visava cumprir mandados oriundos de inquéritos policiais paralelos ao caso Marielle.


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