BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, celebrou neste domingo a prisão dos mandantes do assassinato de sua irmã, a vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
Em suas redes sociais, Anielle escreveu que era um "grande dia".
"Só deus sabe o quanto sonhamos com esse dia! Hoje é mais um grande passo para conseguirmos as respostas que tanto nos perguntamos nos últimos anos: quem mandou matar a Mari e por quê?", escreveu a ministra.
Anielle também disse que "estamos mais perto da justiça".
"Defender a justiça por esse crime, defender a democracia, representa um lado da narrativa que estamos vivendo hoje. Não têm sido fácil esses últimos 6 anos. Hoje estamos dando resposta para violência politica, estamos dando resposta para o favelado que votou na Marielle, para as mulheres que colocaram seus corpos a serviço da política", escreveu também a ministra.
Ela no entanto, acrescenta que há um "longo caminho a percorrer".
A Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018.
Os três presos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.
A operação, chamada Murder Inc., é realizada em conjunto com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.
Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre 12 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), todos no Rio.
A operação é realizada no domingo para surpreender os suspeitos, de acordo com as primeiras informações. Há a suspeita de que eles tentariam fugir.
Pouco depois, em entrevista à GloboNews, a ministra Anielle Franco e sua mãe, Marinete da Silva, apontaram que um dos pontos de surpresa foi a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio. Disseram que havia uma relação de confiança com o delegado.
"Acho que a maior surpresa nisso tudo era exatamente o nome do doutor Rivaldo. Era um nome que inclusive a minha filha confiava nele, no trabalho dele. Ele foi um homem que disse que era questão de honra para ele elucidar esse caso. Ele disse para mim e para meu marido que era questão de honra", afirmou Marinete.
"É uma tristeza muito grande, porque quando você passa a viver uma situação dessa, com uma autoridade que está dentro do serviço público para fazer seu trabalho. É ainda mais difícil. Infelizmente, ver o nome do doutor Rivaldo nessa lama", completou.
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