BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal vai investigar a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa, feita um dia antes das execuções de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Barbosa foi preso neste domingo (24), por suspeita de envolvimento nas mortes.

O delegado foi empossado como chefe da Polícia Civil do Rio no dia 13 de março de 2018. Sua escolha foi anunciada pelo então secretário de Segurança Pública do Rio na época, o general Richard Fernandez Nunes.

Naquele momento, o Rio passava por uma intervenção federal, decretada pelo então presidente Michel Temer em 16 de fevereiro. O interventor nomeado foi o general Braga Netto, que depois virou ministro de Jair Bolsonaro (PL) e também vice do ex-presidente na campanha à reeleição.

A PF quer saber se a escolha foi a pedido de alguém e se havia conhecimento de algo sobre o crime de Marielle por parte de quem indicou o delegado para o posto.

A suspeita é que Rivaldo Barbosa teria sido no mínimo cúmplice das mortes, por, de acordo com o que as investigações apontam, ter sido avisado que os assassinatos seriam cometidos.

Em 2018, o Rio passava por uma crise política e econômica com reflexos diretos na segurança pública. Desde junho de 2016, o estado estava em situação de calamidade pública e contava com o auxílio das Forças Armadas desde setembro de 2017.


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