Lembrar de um pai que j? se foi, ent?o, n?o ? f?cil, mas ? muito bom poder contar os momentos vividos ao lado dele - mesmo que tenham sido poucos. Um amigo importante e verdadeiro, porque ama, chama a aten??o, mostra as possibilidades do mundo...
Falar de um pai ? fortalecer sua imagem para si mesmo e para quem escuta. Pai de sangue ou de cria??o, o que importa ? o amor que doou sem pedir nada em troca. Neste especial, a ACESSA.com resolveu homenagear os pais ausentes. Est?o ausentes fisicamentes, mas vivo no cora??o de cada filho.
Christopher Gusman ? t?o especial quanto ele diz que seu pai foi pra
ele. Estudante da Associa??o de Pais e Alunos de Excepcionais de Muria?
(APAE) ele perdeu o pai h? tr?s anos. Segundo Tofinho, como ?
carinhosamente chamado, a lembran?a do
professor L?cio Jos? Gusman ? mais forte nas partidas de futebol.
"Toda vez que tem jogo de futebol eu lembro dele, principalmente, quando ? nosso time que est? jogando. N?s dois ?ramos muito amigos! Enquanto ele bebia a cervejinha gelada eu bebia meu refrigerante... Meu companheiro de todos os bons e maus momentos do nosso time. Vibr?vamos pelo gol. Sa?amos em passeata pela pra?a com m?sica alta. Era muito bom".
O "amig?o", "companheiro" e "her?i" s?o alguns dos adjetivos usados por Tofinho para falar do pai. "Papai, apesar de baixinho foi meu ?nico maior her?i", diz emocionado.
Ele lembra que o pai era muito sabido e n?o adiantava mentir que descobria tudo. "Ele sabia tudo, porque ele era professor respeitado e amigo de todos os alunos. N?o podia falar mentira pra ele que ele descobria".
Uma das coisas que Tofinho aprendeu com seu pai foi ser respons?vel, cumprir hor?rio e ajudar as pessoas, sem interesses. Ele diz que deseja ser bom e ?til para todos, assim como seu pai sempre foi.
Todo orgulhoso, conta que as pessoas o admiravam, por ser um professor, que falava em r?dio, sabia v?rias l?nguas e ainda escrevia em jornal. "Ele era muito famoso". E ? claro que como o pai ? seu ?dolo, Tofinho quer ser igual a ele. "Eu quero ser famoso igual a ele por isso gosto do meu bigodinho e fiz minha m?e comprar um ?culos igual do meu pai pra mim. Todo mundo diz que meu irm?o mais velho ? mais parecido com meu pai, mas eu acho que sou eu, porque Pablo n?o tem bigode e nem tem muito cabelo na cabe?a, ele s? usa ?culos, diz.
A curti??o ente os dois n?o era somente no futebol, n?o. Ele conta que quando era pequeno, al?m de jogarem bola, passeavam muito, ?am a festas, pescavam juntos, tomavam banho de rio e, claro, como todo bom garoto, algumas vezes, n?o escutava o pai. "Um dia, quando eu corri, sem tomar cuidado, atr?s de uma pipa, rasguei meu joelho na cerca de arame farpado. Que dor! Meu pai sempre tinha raz?o...".
Assim era o pai de Juliene Rodrigues (foto abaixo de blusa branca,
ao lado da irm?), o ferrovi?rio Celso
Rodrigues (foto ao lado). Mas qual ? o pai que n?o ? bravo em algum momento da vida?
Agora, aos 27 anos, Juliene conta que perdeu seu pai aos 9 anos e deixou a lembran?a de seriedade e responsabilidade. "Meu pai sempre foi muito trabalhador, incentivador. Lembro que me dava muito apoio nos estudos, e sempre falava que, quando aprendemos e ajudamos as pessoas, nos tornamos pessoas especiais, por isso meu pai sempre foi uma pessoa especial".
A lembran?a do pai Celso ? ainda maior quando Juliene est? estudando. Dos v?rios ensinamentos que ele transmitiu, a que Juliene vai colocar em pr?tica por toda sua vida s?o a honestidade.
Juliene acha engra?ado quando lembra que o pai chegou do servi?o e a fam?lia estava comemorando o anivers?rio de 9 anos dela. "Ele era muito dedicado ? fam?lia, mas n?o gostava de festas. Lembro do meu anivers?rio de 9 anos, em que fizemos uma festinha em casa para comemorar. Ele chegou do trabalho e foi dormir. Nem aquela barrulhada todo o acordou, foi muito engra?ado e olha que o som ficava no quarto", relembra.
Pelas m?os do pr?prio pai Virgilino Gomes Pereira, nasceu Mara Pereira de Mattos. Ela que ? a ca?ula e tem cinco irm?os
homens conta com emo??o a sua hist?ria com o pai. "Na ocasi?o de meu
nascimento, minha m?e n?o quis ficar no hopital. Imagine que ela fugiu e foi pra casa.
Come?ou a sentir as dores e n?o dava mais tempo de chamar a parteira. E foi
assim que o meu pai me trouxe ao mundo. Ele era realmente um homem de m?os
aben?oadas", conta.
Ela lembra de seu pai contando as hist?rias da inf?ncia na ro?a, ?rf?o de pai e trabalhando desde os cinco anos de idade. "Ele me ensinou a nunca desistir". Ela se lembra muito do pai quando come algo que sente vontade. "Ele dizia que isto era um prazer da vida".
Mara se acha parecida com o pai tanto fiscamente quanto em personalidade e gostaria muito de ser perseverante como ele.
Apesar de s?rio, Mara conta que Virgilino tinha tempo para ensin?-la a andar de bicicleta, contar hist?rias... "Na minha inf?ncia, reun?amos - meus irm?os e eu - ao redor dele, na cozinha, pr?ximo ao fog?o ? lenha. Ele contava as hist?rias e eu adormecia em seu colo", diz.
Outro momento marcante eram os estudos. "Ele dizia 'O saber n?o ocupa lugar'".
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