Em campanha na capital federal, a candidata do PCB à presidência da República, Sofia Manzano, criticou hoje (5) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial nacional da enfermagem, e disse que, se eleita, irá estatizar totalmente o setor da saúde no país.
“Nossa candidatura defende a estatização completa da saúde, porque saúde não é mercadoria. Nós também defendemos, para além do processo eleitoral, a revogação da lei de responsabilidade fiscal, que é o que eles utilizam no Congresso Nacional para dizer que os municípios vão quebrar se pagarem o piso da enfermagem”, disse Manzano durante ato dos trabalhadores da enfermagem na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília.
Barroso deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da área da saúde esclarecerem o impacto financeiro do piso salarial, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.
Segundo a candidata, a lei de responsabilidade fiscal faz com que recursos públicos sejam direcionados à iniciativa privada, e destrói o Sistema Único de Saúde (SUS).
“Os municípios são impedidos de pagar a remuneração decente dos profissionais da saúde, da educação, e da ciência social, por causa dessa famigerada lei de responsabilidade fiscal que faz com que os recursos dos municípios, dos estados, e também do governo federal, sejam transferidos para as OS [Organizações Sociais], para as parcerias públicos privadas, para iniciativa privada lucrar em cima da saúde e da educação.”
Nessa segunda-feira, Sofia Manzano fez campanha em Brasília. A agenda dela previa visita ao campus Asa Norte da Universidade de Brasília (UNB), panfletagem na rodoviária do Plano Piloto e entrevista ao site Jovens Cronistas.
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