SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O desfile de blindados durante a celebração do 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, evitou o vexame técnico da parada organizada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para intimidar os Poderes em 2020.
Naquela ocasião, blindados da Marinha que se dirigiam para um exercício regular em Formosa (GO) foram desviados para uma inusitada exibição em frente ao Palácio do Planalto. Virou meme: os veículos, particularmente o tanque leve SK-105 Kürassier dos Fuzileiros Navais, soltaram bastante fumaça.
Com efeito, o austríaco Kürassier não foi levado à pista nesta quarta. A Marinha preferiu destacar o veículo de assalto anfíbio americano AAV-7A1. O país tem quase 50 desses blindados de 26 toneladas, que ficaram famosos nas operações de pacificação de favelas do Rio, como na tomada do Complexo do Alemão.
A Força apresentou caças AF-1 Skyhawk, cuja frota foi reduzida a sete modelos modernizados pela Embraer, um programa que acabou neste ano. Eles não têm, contudo, porta-aviões para operar desde a aposentadoria do São Paulo --cuja venda para virar sucata na Turquia virou uma novela judicial.
Outros blindados e veículos exibidos soltaram apenas uma fumacinha discreta, típica de seus motores a diesel, sem problemas de regulagem. Estiveram em destaque o sistema de lançamento de mísseis de artilharia Astros-2, fabricado no Brasil.
No ar, havia helicópteros do Exército e da FAB, além de caças AMX, F-5 e Super Tucano. A Força Aérea preferiu não levar seu mais recente avião de combate, o Gripen, e destacou a aviação de transporte. Voaram sobre Brasília o KC-390, o Hércules e a parada foi fechada pela sua nova aquisição, o KC-30, um Airbus-330 de uso militar.
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