SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam que ele se autoproclamar "imbrochável" causa menos dano eleitoral do que causariam novos ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Esses auxiliares acreditam que o termo só gera rejeição no que chamam de "mulher consciente", a parcela do voto feminino que Bolsonaro já não tem e não deve recuperar. Não é a primeira vez que o candidato à reeleição se refere a ele mesmo como "imbrochável".
Por outro lado, mostra um presidente descontraído, brincalhão e bem-humorado, afastando-o da sua versão mais agressiva que, em 2021, ameaçou não cumprir mais ordens judiciais e xingou ministros.
A meta agora é conseguir que Bolsonaro mantenha o tom no Rio de Janeiro, ato que deve ter caráter eleitoral mais acentuado. Pesquisas internas mostram que quando o presidente faz falas duras e golpistas, afasta o eleitor moderado que tenta atrair.
Ao lado da primeira-dama Michelle, após o desfile oficial do 7 de Setembro, Bolsonaro (PL), aos risos, disse a seus apoiadores que é "imbrochável".
"Imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável, imbrochável", repetiu, instantes após beijar a esposa e fazer elogios a ela. Com tom machista, ele ensaiou fazer uma comparação com outras primeiras-damas.
"Não há o que discutir: uma mulher de Deus, família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado não. Muitas vezes ela está na minha frente", afirmou.
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