SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A bandeira do Brasil que havia sido estendida há algumas semanas na fachada do Palácio do Planalto, em Brasília, foi retirada nesta quinta-feira (3) por funcionários a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ela foi retirada do local e levada por servidores até o porta-malas de um carro.
Bolsonaro mandou, em 14 de outubro, instalar o símbolo nacional no local.
"O PT entrou na Justiça para tirar uma bandeira de uma igreja em Belém. A juíza, desta vez, agiu de maneira correta e disse que é o símbolo nacional. Mandei pegar uma bandeira enorme e colocar na minha casa", disse na ocasião.
"Acho que ninguém vai ter coragem de falar 'retira daí, se não vou dar uma multa de não sei quanto por dia'. É a nossa bandeira do Brasil. A questão da censura é devagar. Certas coisas não se perdem de uma hora para a outra, você perde com o tempo."
A instalação foi realizada pela Secretaria-Geral da Presidência, subordinada ao ministro Luiz Eduardo Ramos.
Uma bandeira semelhante foi posicionada no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.
Ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) o governo federal disse que duas bandeiras gigantes do Brasil foram colocadas nas fachadas do Planalto e do Alvorada em comemoração ao Bicentenário da Independência e à Proclamação da República.
Desde 1987, os dois palácios são considerados Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Por isso, não podem ter suas dinâmicas arquitetônicas desrespeitadas.
Em 21 de outubro, a força do vento rasgou e derrubou uma bandeira gigante que havia sido colocada na fachada do Planalto "Devido à ação do vento, a Bandeira Nacional foi rasgada e será substituída por outra", informou a Secretaria-Geral da Presidência, por meio de nota, na ocasião.
TRANSIÇÃO
A retirada da bandeira ocorre no dia da primeira reunião da equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com integrantes do governo, no Planalto, para discutir a transição.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimentou Geraldo Alckmin (PSB) após o vice-presidente eleito ter uma reunião com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.
O vice de Lula afirmou que a reunião foi "proveitosa" e que a transição "já começou" e será instalada na próxima segunda-feira (7) no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
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