SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Marcelo Reis Magalhães foi padrinho de casamento do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e estava no cargo de secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania desde fevereiro de 2020.
Ele fez parte do governo por indicação do filho mais velho do presidente. A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (20) do DOU (Diário Oficial da União) e é assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo em julho, o secretário fez quase 100 viagens adquiridas pelo governo, sendo que, em quase todas elas, não houve registro de atividade pública exercida. Ele morava no Rio antes de ser nomeado para o cargo.
Na ocasião, Magalhães negou irregularidades. O Ministério da Cidadania, pasta à qual a secretaria de Esporte é subordinada, disse que o Parque Olímpico da Barra foi o principal motivo das viagens dele ao Rio.
Conforme mostrou a coluna Olhar Olímpico no UOL em maio de 2020, enquanto Bolsonaro fazia campanha pela volta do futebol, Magalhães despachava havia mais de dois meses do Rio.
Antes de ser secretário, Magalhães foi diretor do EGLO (Escritório de Governança do Legado Olímpico). Durante os 20 dias em que permaneceu nesse cargo, nunca apareceu para trabalhar, de acordo com seu então superior direto, o coronel Marco Aurélio Araújo, naquela época secretário-adjunto.
Segundo currículo divulgado pelo governo, ele é formado em jornalismo e "acumulou mais de 15 anos de experiência no setor esportivo, como consultor, gestor de carreiras, captador de patrocínios e produtor de conteúdos voltados para múltiplas plataformas midiáticas".
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