BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) 16 ministros que vão compor o seu governo a partir de janeiro de 2023 e apresentou as primeiras mulheres do mais alto escalão da próxima administração.
Ao todo, serão 37 pastas em seu governo. Resta, assim, mais 16 postos a serem ocupados por indicação do futuro chefe do Executivo. A dificuldade nas indicações partidárias tem travado algumas nomeações.
A divulgação dos nomes estratégicos do governo Lula foi feita no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), local escolhido como sede da transição, em Brasília, um dia depois da aprovação da PEC (proposta de emenda Constitucional) da Gastança.
Embora Lula tenha declarado, em novembro, que Geraldo Alckmin (PSB) não disputaria vaga de ministro por ser vice-presidente (eleito), o ex-governador de São Paulo teve o nome oficializado para o comando do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e acumulará as duas funções.
Como antecipado pela Folha de S.Paulo, o nome de Alckmin ganhou força diante da recusa de empresários para o posto. Josué Gomes da Silva, da Coteminas, e Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra, declinaram do convite.
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) foi designado para chefiar o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta pleiteada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), ficará com o Ministério dos Portos e Aeroportos -fatia do atual Ministério da Infraestrutura. A cúpula da legenda se reuniu na véspera do anúncio com Alckmin e, em seguida, com Lula.
Ainda na área econômica, entre as mulheres, Esther Dweck vai liderar uma pasta criada especificamente para gestão. Quem vai ocupar o Ministério do Planejamento continua em aberto. O economista André Lara Resende chegou a ser convidado, mas resiste à proposta.
Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade foi a escolhida para comandar o Ministério da Saúde. A socióloga é a primeira mulher a ocupar o cargo em quase 70 anos de história da pasta.
Vice-governadora de Pernambuco e presidente do PCdoB, Luciana Santos chefiará o Ministério da Ciência e Tecnologia.
Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do PSOL assassinada Marielle Franco, será ministra da Igualdade Racial. Especialista em violência de gênero, Cida Gonçalves ficará à frente do Ministério das Mulheres.
Já Margareth Menezes foi oficializada como a ministra da Cultura no governo Lula, que prometia desde a campanha alçar a atual secretaria ao status de ministério.
Como antecipou a Folha de S.Paulo, o ex-governador do Ceará e senador eleito, Camilo Santana (PT), foi confirmado como futuro ministro da Educação.
O escolhido por Lula para comandar o Ministério do Trabalho, por sua vez, foi o deputado federal eleito Luiz Marinho (PT-SP).
Para o Ministério dos Direitos Humanos, o indicado foi o advogado Silvio Almeida.
A Secretaria de Relações Institucionais vai para as mãos do deputado Alexandre Padilha (PT), como mostrou a coluna Mônica Bergamo. De perfil conciliador e bom trânsito no Congresso, ele já esteve à frente da pasta há 14 anos.
Já o ministro da Secretaria-Geral da Presidência será o deputado federal Márcio Macedo (PT-SE), tesoureiro da campanha petista.
A CGU (Controladoria-Geral da União) ficará com Vinicius Carvalho, advogado e ex-presidente do Cade. A AGU (Advocacia-Geral da União), com Jorge Messias, que foi SAJ (Subchefia para Assuntos Jurídicos) de Dilma Rousseff.
O presidente eleito deu largada na definição de nomes de seus futuros ministros no dia 9 de dezembro, quando anunciou que Flávio Dino (PSB) iria para o Ministério de Justiça e Segurança Pública e Rui Costa (PT) para a Casa Civil.
Lula também confirmou na ocasião a indicação de José Múcio Monteiro para a Defesa; Fernando Haddad (PT) para a Fazenda e Mauro Vieira para o Itamaraty.
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