SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Antecessora de Michelle Bolsonaro na presidência do PL Mulher, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) acredita que a ex-primeira-dama vai ajudar a acrescentar a bandeira da inclusão na instância partidária.

"A mulher se movimenta por causas, não por poder. Ela entra na política para defender quem precisa, defender uma bandeira, e Michelle soma nesse sentido", avalia.

A deputada conta que a ex-primeira-dama, inicialmente, engajou-se apenas nos direitos da pessoas com deficiência auditiva, mas acabou se tornando uma voz importante na pauta da inclusão como um todo. "Nada mais justo do que ela, que fez parte de todo um movimento nacional, de uma luta muito madura, assumir a presidência e dar a continuidade a esse trabalho", afirma.

Soraya diz que a nova titular dará continuidade ao trabalho iniciado por ela de formação de novas lideranças e capacitação de mulheres na política, para o partido não acabar lançando candidaturas femininas de última hora apenas para preencher a cota.

Esse trabalho deve se iniciar já em abril, para dar resultados nas eleições municipais de 2024.

Para ela, esse é um esforço que se insere em um cenário que vai além o PL de necessidade de maior representatividade das mulheres na política. Segundo relata, até 2020 havia 1,9 mil municípios sem nenhuma vereadora; no ano seguinte, reduziu-se para 900.

No PL, nas últimas eleições, a bancada de deputadas federais cresceu de cinco para 17. O objetivo, afirma, é conseguir eleger pelo menos uma por unidade da federação em 2026.

Michelle iniciou suas atividades como presidente do PL Mulher nesta quarta-feira (15). Foi à sede do partido e se reuniu com a bancada feminina da Câmara.


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