SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O MST vai chamar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, para sua Feira Nacional da Reforma Agrária, que ocorrerá entre 10 e 14 de maio. A ideia é fazer um contraste com o tratamento que ele recebeu ao ser "desconvidado" pela Agrishow, em Ribeirão Preto.
"Não nos interessa essa briga do ministro com o agro, mas isso mostra que o agro tem lado, o do bolsonarismo", diz João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST.
O movimento tenta recompor pontes com o governo e recebeu os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) em evento político no sábado (29). Também aceitou participar do Conselhão, após ameaçar boicotar o órgão, como mostrou o Painel. Será representado por Ayala Ferreira, dirigente em Brasília.
O MST se prepara ainda para enfrentar a CPI que está sendo montada no Congresso Nacional. Terá uma estrutura política e jurídica em Brasília e contará com apoio do grupo jurídico Prerrogativas.
Há o receio, no entanto, que o governo acabe deixando o movimento à própria sorte para lidar com a investigação, por ter que se preocupar com a CPI do 8/1.
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