SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Enquanto a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para criticar a aprovação da Medida Provisória (MP) da reorganização da Esplanada dos Ministérios, a conta oficial da liderança de seu partido no Senado celebrou o ocorrido.
A comissão mista formada por deputados e senadores que analisa a MP aprovou em sessão na quarta-feira (24) mudanças no governo que fortalecem o centrão e retiram poder dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
"Muito ruim [que] a comissão mista que analisa a MP da reestruturação do governo tenha aprovado relatório", escreveu Hoffmann. Ela disse ainda que o governo está "diante de uma ofensiva do atraso direitista em nosso país". E seguiu: "Temos de tentar reverter isso. Dia difícil hoje no Congresso".
Por outro lado, a conta oficial da liderança do partido no Senado chamou a decisão de "vitória".
"A maioria do Congresso impediu que a extrema direita derrubasse a MP que reorganiza a estrutura ministerial. A medida vence em 1º de junho. A não aprovação do texto representa o retorno da configuração administrativa aos moldes do governo anterior", dizia a publicação.
A MP original foi editada por Lula (PT) logo no início do governo com a nova organização da Esplanada dos Ministérios. Foi ela que ampliou, por exemplo, o número de ministérios de 23 para os atuais 37. Mas o texto aprovado pelos deputados na comissão enfraqueceu a pasta de Marina Silva e gerou reação da própria ministra.
"Querem mudar a medida provisória da Esplanada para implementar o governo Bolsonaro no governo Lula", afirmou ela à Folha de S.Paulo.
Caso o texto atual seja mantido nas próximas votações, competências de órgãos que atualmente estão com o Meio Ambiente e os Povos Indígenas serão transferidas para outras pastas. O texto foi aprovado por 15 votos a 3.
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