BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com dificuldade para chegar a um acordo, o presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União-BA), pautou 285 requerimentos para a primeira reunião de votações do colegiado, na terça-feira (13).
Inicialmente, seu plano era levar a voto somente 15 pedidos consensuais, suficientes para ocupar as cinco primeiras semanas de trabalho. Diante da impossibilidade de consenso, Maia optou pelo acordo possível. "Botar para votar. O que for acordo vota em bloco, o que for divergente, separadamente", diz.
A relação traz pedidos que atendem ambos os lados. Constam na lista, por exemplo, os requerimentos apresentados pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), com base no seu plano de trabalho.
Somente dela são 62, que abarcam desde o compartilhamento de informações e relatórios produzidos pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e pelas polícias Militar e Civil do DF, até a convocação do general Braga Netto, vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Do outro lado, pautou requerimentos da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), por exemplo, que pede a relação de crianças e adolescentes, pessoas com deficiência e idosos que foram presos no acampamento golpista em Brasília, com a informação de se já foram liberados ou não. Faz parte da versão de bolsonaristas de que os detidos teriam sofrido maus-tratos.
Ao pautar um número extenso de pedidos, Maia ganha mais um prazo na tentativa de construir um acordo com os parlamentares.
Segundo a relatora, ela e o presidente estão debruçados sobre os requerimentos e devem fazer um pente-fino. "Tudo está na pauta. Agora é decidir o que tem acordo, e o que não tiver vamos no voto a voto", detalha.
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Política
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