CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - A Itaipu Binacional vai financiar a conclusão das obras do campus Niemeyer da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), que estão paradas há quase uma década, em Foz do Iguaçu (PR).

Um acordo de cooperação técnica entre o governo federal, a Unila e a hidrelétrica para a retomada das obras será assinado nesta terça-feira (4), e terá validade de cinco anos. O valor da obra é de R$ 600 milhões, segundo cálculo da Itaipu.

Uma parte da obra do campus universitário chegou a ser levantada, mas, em 2014, a estrutura foi abandonada. Ainda não se sabe se o esqueleto já construído ainda pode ser aproveitado.

A Unila diz que 40% da primeira fase da obra (que previa prédio de salas de aula, edifício administrativo e restaurante universitário) foi executado. A obra fica em uma área de quase 380 mil metros quadrados doada pela Itaipu Binacional.

A ideia da Unila surgiu no início do segundo mandato do presidente Lula (PT), em 2007, como uma política de integração entre países do Mercosul. As primeiras aulas começaram a ser ofertadas no ano de 2010.

Em paralelo, estava sendo construído o campus, um projeto que coube a Oscar Niemeyer. O arquiteto, morto em 2012, entregou o projeto em 2008. Atualmente, a Unila está espalhada em locais alugados.

A construção do campus da Unila foi dividida em duas etapas. Para execução da primeira etapa da obra, foi firmado em junho de 2011 um contrato no valor de quase R$ 240 milhões com o Consórcio Mendes Junior ? Schahin. O procedimento licitatório para a segunda etapa nem chegou a ser aberto.

"A Unila nunca deixou de procurar soluções para a obra paralisada. Reiteradamente, desde o ano de 2014, procurou o Ministério da Educação para obter recursos para a finalização da construção. Não foi atendida. Em outubro de 2017, o MEC indicou que não seria possível fornecer recursos porque se tratava de obra de grande porte, incompatível com o orçamento federal da pasta. Em 2020, voltou a fazer idêntica afirmação", disse a Unila, em comunicado do final do ano passado.

Em março, quando esteve em Foz, o presidente Lula falou sobre o assunto. "Fiquei com muita tristeza quando passei de helicóptero agora e parece abandonada. Depois que deixei a Presidência, pouca coisa foi feita", disse ele.


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