SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI dos ataques de 8 de janeiro, pediu acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A parlamentar quer ouvir os dois sobre os ataques que destruíram a Praça dos Três Poderes. A acareação é um instrumento de investigação que permite a descoberta da verdade por meio do confronto de declarações contraditórias de duas pessoas sobre um mesmo fato, com ambos colocados frente a frente.
Requerimento ainda precisa ser aprovado para Cid e Bolsonaro serem convocados. Quem decide se o pedido entra na pauta para votação é o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-Bahia), presidente da CPMI.
Um dos desdobramentos mais importantes alcançados por esta Comissão foi justamente a vinculação do senhor Mauro Cesar Barbosa Cid, então ajudante de ordens do ex-Presidente da República, com os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Aparentemente, tal vinculação não se deu por motu proprio [iniciativa própria], mas no estrito cumprimento de ordens superiores, aparentemente antijurídicas. Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), em requerimento
MAURO CID AINDA PRESTA ESCLARECIMENTOS À PF
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), ainda está prestando depoimentos para a PF, segundo a colunista do UOL Juliana Dal Piva. Ele teve acordo de delação premiada homologado no último sábado (9).
O militar prestará declarações nos próximos dias para relatar todos os fatos que sabe já que, para validade do acordo, ele precisa admitir crimes e não pode omitir nenhum fato ou prova, além de relatar a participação de superiores hierárquicos.
A Revista Veja informou na quinta-feira (14) que Cid teria relatado na delação que entregou nas mãos do ex-presidente parte do dinheiro da venda de relógios de luxo recebidos como presentes de Estado.
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