SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) acusou a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) de distorcer uma pesquisa de intenção de votos para prejudicá-la. Ela insinuou que o adversário fez "safadeza".

O motivo da irritação foi o fato de o psolista ter divulgado um cenário da pesquisa Real Time Big Data em que Tabata não aparece.

"Em nenhuma das leituras, não importa o quanto eu me esforce, eu consigo entender de onde o Boulos tirou esse gráfico que ele postou. Esse cenário não existe, ele simplesmente retirou o meu nome e colocou uma realidade que sequer faz sentido", disse a deputada, em vídeo postado no Instagram.

Em seguida, ela elenca uma série de hipóteses para o ocorrido. "Agora eu pergunto a vocês: o que é isso? É estatística criativa? É erro? Alguém não tinha noção do que estava fazendo? Ou é safadeza mesmo?", afirmou.

A acusação gerou uma resposta de Juliano Medeiros, ex-presidente do PSOL e membro da coordenação de campanha de Boulos.

"Vi agora um vídeo da candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB questionando Boulos sobre uma pesquisa feita na capital (pesquisa que não foi feita pelo PSOL). E termina o vídeo acusando nosso companheiro de "safadeza". Mas não era ela que prometia uma campanha de alto nível?", escreveu no X.

Ele completa alfinetando o recente encontro de Tabata com o deputado tucano Aécio Neves (MG), revelado pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

"Talvez depois da reunião com Aécio Neves ela tenha aprendido algumas coisas, infelizmente", afirmou.

O bate-boca mostra que as duas candidaturas de esquerda, que apoiam o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não devem respeitar nenhum pacto de não-agressão durante a campanha.

Boulos tem liderado as pesquisas, ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB), com Tabata em terceiro lugar.


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