SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) segue com dificuldade em obter boa avaliação em grupos como os de evangélicos e pessoas com renda de 5 a 10 salários mínimos, mostra a mais recente pesquisa Datafolha.

Por outro lado, na faixa de 2 a 5 salários mínimos, alvo da recente ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, a proporção dos que consideram o governo ruim ou péssimo foi de 47% para 39%, no limite da margem de erro de quatro pontos para o segmento.

Na amostra total dos entrevistados, o mandatário segue estagnado em relação à última rodada da pesquisa. A aprovação foi de 33%, em setembro, para 32%, enquanto a reprovação saiu de 38% naquele mês para 37%.

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em 113 municípios, de terça (2) até quinta-feira (4). A margem de erro dos dados gerais da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Confira a avaliação de governo de Lula, dividida por segmentos do eleitorado:

GÊNERO

Entre os homens, 32% consideram o governo ótimo ou bom, e 39% o consideram ruim ou péssimo. Outros 28% disseram achar o governo do petista regular.

A avaliação negativa mais baixa para o segmento foi em junho de 2023 (29%). Em setembro do mesmo ano, Lula chegou a atingir uma avaliação positiva de 38%.

Já 33% das mulheres avaliam bem o governo, contra 34% de ruim ou péssimo. Na rodada anterior da pesquisa, a rejeição era de 35%, e a aprovação, 34%.

A margem de erro tanto para o eleitorado masculino quanto para o feminino é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

RELIGIÃO

Entre os católicos, 40% consideram o governo Lula ótimo ou bom, mesmo índice da rodada anterior do Datafolha. A reprovação também permanece estável, agora com 31%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Já evangélicos mantêm tendência de índices maiores de desaprovação, de 49%. Os que avaliam positivamente o governo são 21%.

Considerando a margem de erro, de 4 pontos percentuais para o segmento, o cenário também é de estabilidade comparado ao período anterior.

RENDA

Quanto à renda, 36% das pessoas com até dois salários mínimos aprovam o petista, contra 31% que desaprovam. A margem de erro para o grupo é de 3 pontos percentuais.

O segmento já deu aprovação, em outubro de 2024, de 46% ao petista no terceiro mandato, índice que sofreu queda brusca em fevereiro de 2025 (29%) e depois voltou a subir até 39%, medido em setembro.

A proporção dos que consideram o governo ótimo ou bom vai para 29% no caso de quem tem dois a cinco salários mínimos.

Nessa faixa, o número daqueles que consideram o governo ruim ou péssimo caiu de 47% em setembro para 39%. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.

O maior índice de rejeição nos segmentos divididos por renda está entre os que recebem mais de 5 e até dez salários. Nesse grupo, 53% acham o governo ruim ou péssimo; 24%, ótimo ou bom. A margem de erro no segmento é de 7 pontos percentuais.

Já 40% de quem recebe mais de dez salários mínimos avaliam mal o governo. 27% avaliam positivamente, mesmo valor da pesquisa anterior. A margem de erro é de 11 pontos percentuais.

CRITÉRIO ÉTNICO-RACIAL

A rejeição mais alta nesse recorte é entre brancos (45%). A margem de erro entre brancos é de 4 pontos, entre pardos, de 3 pontos, e entre pretos, de 5 pontos.

REGIÃO

Quanto às regiões do Brasil, a maior rejeição fica no Sul, com 45%. Já a menor é do Nordeste, com 24%. Centro-Oeste e Norte têm rejeição de 40%, o valor é o mesmo para o Sudeste. Na pesquisa feita por regiões, as margens de erro variam de 3 a 6 pontos percentuais.

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