Audiência na Câmara debate serviços de Cemig em Juiz de Fora
Os serviços prestados pela Companhia de Energética de Minas Gerais (Cemig) e a possibilidade de privatização foram temas de audiência pública nessa terça-feira, 2 de julho, na Câmara Municipal. “Estamos aqui para defender a Cemig, mas não seremos omissos à prestação de serviços que vem sendo realizada pela empresa em nossa cidade”, disse o vereador Juraci Scheffer (PT), proponente da audiência.
Moradores dos bairros Torreões, Cidade Alta, além de funcionários da Cemig estiveram na reunião, que foi marcada em razão do anúncio feito pelo Governo do Estado de Minas Gerais, sobre o plano de privatização da estatal de energia elétrica.
Em sua fala, Juraci expôs que diariamente diversos picos e quedas de energia vêm acontecendo na cidade. Ele alertou que muitos empreendedores reclamam com a demora do retorno da luz, ocasionando a queima de eletrodomésticos e ainda a perda de produtos que necessitam ficar refrigerados, ou congelados. Scheffer também ressaltou que muitos moradores estão sem energia elétrica no município. “Mais de cinquenta famílias que residem na região rural precisam dessa eletrificação. Mas a Cemig cria muita burocracia quanto à documentação apresentada. Juiz de Fora teve a primeira hidrelétrica da América Latina, e ainda assim existem pessoas sem energia elétrica em nossa cidade”, disse.
O presidente da APM de Torreões, Francisco de Paula Moreira, esclareceu que no Bairro os loteamentos são feitos por meio de transferência, e por isso, não possuem o registro do Poder Público Municipal. “De um ano e meio para cá, não conseguimos fazer novas ligações de luz porque os moradores não conseguem comprovar o documento que a Cemig exige.
José Emanuel de Oliveira, presidente do Sindicato dos Eletricitários de Juiz de Fora (Sindieletro-JF), que também é contra a privatização da estatal, informou que há 25 anos luta pelos direitos dos funcionários da Cemig, e que já realizaram diversas paralisações para adquirirem seus direitos.
O presidente da Casa, vereador Luiz Otávio Coelho Fernandes - Pardal (PTC), relatou um caso de um morador do Bairro Sagrado Coração, que solicitou o prolongamento de posteamento em determinada rua do bairro, mas foi surpreendido, pois teve que pagar uma guia no valor de R$5 mil reais, e ainda assim precisa esperar por mais de 200 dias para a aplicação do posteamento. Além disso, foi citado também as diversas reclamações sobre os atendimentos no Castelinho.
O Agente de Relacionamento com o Poder Público da Cemig, Magela Mendes, abriu sua fala dizendo que é contrário à possibilidade de privatização da estatal. Diante dos manifestações, Magela esclareceu, que a Cemig obedece a Legislação Federal. “A Cemig trabalha no estrito cumprimento e obediência da normativa 414”. Sobre o caso dos moradores do Bairro Torrões, Magela admitiu que o que dificulta as novas ligações é a documentação exigida. “Não é a Cemig que tem que prover a regularidade dessa a documentação do local, talvez, o Poder Público, possa interceder nesse sentido” Já a obra paga pelo cidadão, Magela disse que irá verificar o caso. Mas adiantou que “foi votado uma lei neste Legislativo, transferindo a responsabilidade de iluminação pública para o município, ou seja, extensão de rede, troca de lâmpadas, são de responsabilidade do Município. A respeito dos atendimentos no Castelinho, ele falou que tem melhorado bastante e disse que hoje, a Cemig possui vários canais de comunicação, para o cliente acessar.
Em sua fala final, Juraci disse que irá encaminhar pedidos a deputada Federal Margarida Salomão para que mude a instrução normativa, para acessibilidade da população à energia elétrica.
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