O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), obteve a condenação de duas pessoas pelos crimes de corrupção e ingresso clandestino de telefones celulares no Presídio de Visconde do Rio Branco.
Uma policial penal foi condenada a dois anos e oito meses de reclusão, além de quatro meses e 15 dias de detenção e 28 dias-multa. A sentença também determinou a perda do cargo público. A reclusão é aplicada a crimes mais graves e pode resultar em regime fechado, enquanto a detenção se refere a crimes de menor gravidade e não admite esse regime.
O comparsa da policial recebeu pena de três anos, um mês e dez dias de reclusão, além de cinco meses e sete dias de detenção e 30 dias-multa. Ambos também foram condenados por exigir vantagens indevidas de familiares de um detento para permitir a entrada ilegal dos aparelhos no presídio.
De acordo com as investigações, em 2021, um preso idealizou e estruturou o esquema de ingresso de celulares na unidade prisional, contando com a colaboração direta da policial penal que atuava no local.
A mesma investigação também resultou na condenação de outros dois integrantes de uma associação criminosa responsável pelo tráfico de drogas na Zona da Mata mineira, com o apoio de agentes públicos. Eles foram sentenciados a penas superiores a nove anos de prisão em regime fechado por crimes de tráfico e associação para o tráfico cometidos em São Geraldo e região.
A ação integra os desdobramentos da “Operação Mecanismo”, deflagrada para apurar um esquema criminoso envolvendo policiais penais, agentes públicos, presos e terceiros, voltado à entrada de drogas, celulares e outros materiais ilícitos em unidades prisionais da Zona da Mata, mediante pagamento de propina e favores indevidos. Outros réus ainda aguardam julgamento pelo Poder Judiciário.