Com a chegada de novembro e a proximidade do período de chuvas, cresce o alerta para o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Especialistas reforçam que este é o momento de intensificar as ações de prevenção e conscientização da população, já que o calor e a umidade favorecem a reprodução do inseto.

Cuidados simples, como eliminar água parada em vasos, garrafas, calhas e recipientes deixados em quintais, são fundamentais para impedir a formação de criadouros e reduzir o número de casos.

A médica infectologista e docente do IDOMED, Silvia Fonseca, explica que o aumento das temperaturas e das chuvas típicas do verão exige atenção redobrada. “Existem quatro tipos do vírus da dengue, e todos podem causar desde quadros leves até graves, que necessitam de internação. O tipo 2 costuma estar associado a mais casos graves, mas qualquer um deles pode evoluir com complicações”, afirma.

Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor nas articulações, vômitos e diarreia. Silvia alerta ainda que a doença pode ocorrer mais de uma vez ao longo da vida. “Quando a infecção é causada por um tipo diferente do anterior, o risco de evolução para formas graves aumenta. É essencial ficar atento a sinais de alerta, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos e tontura — todos indicam necessidade de atendimento médico imediato”, completa.

A médica também destaca a importância da vacinação, disponível na rede pública. O imunizante contra a dengue é indicado para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, enquanto a vacina contra o HPV é aplicada em jovens de 15 a 19 anos. Segundo a Secretaria de Saúde, a ampliação da cobertura vacinal é considerada uma medida fundamental para reduzir casos graves e internações.

A professora de Biomedicina da Estácio, Camila Alvim, reforça que a prevenção começa dentro de casa. “O Aedes aegypti se reproduz em água limpa e parada. Um simples pratinho de planta ou garrafa esquecida pode se tornar um criadouro. Limpar o quintal, tampar caixas d’água e eliminar recipientes que acumulem água são atitudes que salvam vidas”, orienta.

Camila destaca ainda o papel da educação no combate ao mosquito. “Nas escolas, o tema é trabalhado constantemente, porque crianças e jovens são grandes multiplicadores de informação em casa. A prevenção começa pelo conhecimento”, afirma.

As especialistas reforçam que o combate à dengue é uma responsabilidade coletiva. Pequenas ações diárias, especialmente neste período de transição para o verão, podem fazer diferença na redução da transmissão e na proteção da saúde pública.

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Reprodução | Internet - Ação especial contra Aedes aegypti em Juiz de Fora

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