Sobre escolhas... 

Nome do Colunista Ana Pernisa 26/10/2017

Quantas vezes na vida nos deparamos com a necessidade de realizar escolhas?

Muitas, não é? E, em certos momentos, precisamos seguir escolhas que nos doem o coração. Já aconteceu com você?

Decidir por algo que nos dói às vezes nos custa uma mudança de emprego, o adiamento de uma viagem ansiada, o fim de um namoro, afastar-se de alguém que nos é caro... Mas escolhemos assim, porque sabemos que lá no fundo, apesar da dor, que é o melhor a ser feito.

É desafiador.. Um tempo de tristeza pode ser o preço que se paga pelas escolhas que sentimos. Muitas vezes fica difícil entender o que desejamos do outro, coisas que estes não estão em condições de oferecer. Queremos que o outro ou a situação mude para não termos que arcar com a responsabilidade da decisão, não é assim? Sofremos na esperança de uma mudança que nos isente de ter que tomar as rédeas de nossos passos.

Esperamos por algum tempo buscando protelar ao máximo, quando na verdade, teríamos que agir. E, se por ventura a situação se transforma, nesse ínterim, respiramos aliviados e caminhamos - ainda que machucados por esse tempo de espera - para só lá na frente sabermos, de fato, se valeu a pena ou não.. Mas, quando nada ocorre, começamos a observar que só a nós compete a nossa jornada.

Escolhas... Para realizar essas escolhas, temos que assumir internamente o caminho que ressoa com o nosso propósito e seguir. O caminho é individual. Somos nós que decidimos como vamos agir, até onde queremos ou podemos ir e até que preço temos condições de arcar. Afinal, a minha  vida, a mim compete e com isso, compete a mim a responsabilidade de arcar com as consequências dos traçados que quero dar.  

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Não raro, uma decisão envolve muitas coisas, outras pessoas, modificações de vida, mudanças de comportamentos  e, se nos deixamos levar por emoções, como, por exemplo, a possibilidade da perda, a ausência, a tristeza que será decorrente, adiamos o que se faz necessário ser feito e podemos depois ter que arcar com algo mais estressante.

Em desafios assim, há de se convidar a sabedoria, para que possamos discernir melhor as implicações internas e externas de nossas escolhas. A reflexão precisa estar presente nesses momentos para que possamos ficar fortes e permanecermos no caminho que desejamos seguir.

Há de se fortalecer para entender que nem tudo é possível ser do jeito que se quer. Essa compreensão,  ajuda. Essa orientação existe, inclusive, na Bíblia, um dos livros mais antigos do mundo! O discípulo Paulo em 1Co10:23 nos diz: "todas as coisas são lícitas; mas nem todas as coisas são vantajosas. Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas edificam." Ou seja, tudo pode, mas nem tudo nos convém! Então, observe. Se algo precisa ser decidido e mesmo causando tristeza, sentimos serenidade e paz interna, só nos resta reconhecer e entregar. Respirar fundo e trabalhar a aceitação de que tudo está certo como é.

Após uma escolha difícil, ajuda se procurarmos nos ocupar, descobrir novos focos de atenção, entender que se não há nada mais a ser feito e se não foi possível outra forma, devemos continuar o nosso caminho e deixar o tempo se encarregar das nossas curas, trabalhando naquilo que nos traz crescimento interior e sentimos ser o certo a fazer.

Que esse texto possa ter ajudado você a se fortalecer, se estiver frente a alguma escolha desafiadora. Espero ter facilitado você a entender que, onde está a sua serenidade e a sua paz interna, esta é uma boa indicação, pois, ambas funcionam como uma boa bússola nessas horas.

Ótimo dia!

Um beijo carinhoso.

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