Quarta-feira, 8 de julho de 2009, atualizada às 12h20

Prefeitura aceita contraproposta dos médicos, mas sindicato quer garantias antes de acabar com a greve

Patrícia Rossini
*Colaboração

Mesmo com o aceno positivo da Prefeitura à contraproposta enviada pelo Sindicato dos Médicos, a categoria quer garantias para colocar fim ao movimento grevista. Em assembleia na manhã desta quarta-feira, 8 de julho, os médicos do município decidiram pedir ao Executivo a definição de prazos para a comissão que avaliará a reestruturação da carreira e o pagamento referente aos dias de greve.

"Com a reestruturação da carreira dos médicos, incluindo as especificidades dos profissionais da urgência e emergência e do Programa Saúde da Família, nossa categoria torna-se independente e vai poder negociar separadamente com a Prefeitura", explica o presidente do sindicato, Gilson Salomão.

Segundo ele, a categoria quer estipular o prazo de 30 dias para composição da comissão paritária que vai avaliar a situação da carreira, e de 60 dias para a conclusão deste trabalho. Outro pedido será determinar um prazo para composição da comissão permanente, que fiscalizará as condições de trabalho dos médicos. "Seria bom ter uma data limite para essa comissão, mas isso não vai interferir na aprovação da proposta; o principal é a questão da carreira dos médicos e o pagamento dos dias parados", afirma Salomão.

Na quinta-feira, 9 de julho, o comando de greve se reúne na Sociedade de Medicina para avaliar a resposta da Prefeitura. A expectativa é de que o texto seja votado em assembleia na manhã de sexta-feira, 10. "Caso as nossas condições sejam aceitas, voltaremos ao trabalho na segunda", finaliza o presidente do sindicato.

De acordo com o levantamento da Secretaria de Saúde, feito em 37 das 57 UBSs, o atendimento médico está totalmente parado em 25 unidades. Em três, o atendimento é parcial e nove não foram afetadas pela greve. Mais uma vez, no Núcleo de Redes Assistenciais, anteriormente conhecido como de atenção secundária, a paralisação não afetou a Unidade da rua Espírito Santo e o Departamento de Saúde Mental. A greve tem a adesão de 37 médicos do PAM Marechal, 20 do departamento de Saúde da Criança e do Adolescente e 11 do departamento de Práticas Integradas Complementares. A greve não afeta o atendimento de urgência e emergência.

A Secretaria de Saúde lembrou, ainda, que as doses da vacina contra a poliomielite estão disponíveis até a próxima sexta-feira e que a campanha não foi afetada pelo movimento grevista

*Patrícia Rossini é estudante de Comunicação Social da UFJF

Os textos são revisados por Madalena Fernandes


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