Sexta-feira, 13 de janeiro de 2017, atualizada às 14h47, atualizada às 15h13

O número de casos suspeitos de febre amarela subiu para 110 em Minas

Da redação

Até a última quinta-feira, 12 de janeiro, foram notificados 110 casos suspeitos de Febre Amarela em Minas Gerais, sendo que desses 20 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente. Em relação aos óbitos, foram notificados 30 óbitos, sendo que desses, 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1).

A distribuição dos casos notificados e prováveis de febre amarela silvestre e áreas de ocorrência de epizootias (morte) em primatas atualmente sob investigação, está descrita na tabela abaixo:

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O termo "caso provável" significa que, apesar de exame laboratorial reagente para a febre amarela, a confirmação final do caso demanda também investigação epidemiológica, históricos de vacinação e deslocamentos desses pacientes.

Situação de Emergência

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou hoje (13) situação de emergência em saúde pública na área de abrangência das unidades regionais de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni. Essa região, que inclui 152 municípios, é a mais afetada pelas ocorrências de febre amarela no estado.

A situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas para conter a doença e agiliza processos para a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços necessários, dispensando licitação em alguns casos. Também fica permitida a contratação de funcionários temporários para ações exclusivas de combate à febre amarela. O decreto também cria uma sala para monitoramento das ações administrativas.

Vacinas

A recomendação para a população é manter em dia a vacinação contra febre amarela, disponibilizada gratuitamente nos postos de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A aplicação ocorre em dose única, devendo ser reforçada após dez anos.

No caso de recém-nascidos, é administrada uma dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos. Mas, como se trata de uma situação atípica, que inspira cuidados, nas regiões afetadas, bebês com 6 meses estão recebendo duas doses com intervalo de 30 dias.

A febre amarela é causada por um vírus da família Flaviviridae e ocorre em alguns países da América do Sul, da América Central e da África. No meio rural e silvestre, é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Já em área urbana, o vetor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e febre chikungunya.

Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão da febre amarela no Brasil não ocorre em áreas urbanas desde 1942. Até o momento, todos os casos suspeitos em Minas Gerais são considerados de transmissão silvestre.


Com informações da Agência Minas e Agência Brasil


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