O governador Romeu Zema anunciou, nesta quinta-feira, em Juiz de Fora, que o Estado entrou em acordo com a prefeitura do município para que as obras do Hospital Regional sejam retomadas. Para isso, será efetuada a doação do terreno, assim como as benfeitorias já realizadas no espaço, da prefeitura ao Estado, em contrapartida de uma dívida do município com o governo mineiro. Os recursos para a conclusão do equipamento de saúde serão provenientes do Termo de Medidas de Reparação assinado entre Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), Estado e a Vale.
“Nós conseguimos equacionar um impedimento para dar continuidade às obras do Hospital Regional. A prefeitura está com o procedimento em andamento, que é cessão do imóvel para o governo. O imóvel precisa estar em nome do Estado para que possamos aplicar as verbas. A região de Juiz de Fora assistirá, em breve, ao reinício das obras do Hospital Regional”, afirmou o governador durante coletiva à imprensa.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, o acordo ainda terá que ser aprovado pela Câmara Municipal de Juiz de Fora e, posteriormente, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele ressaltou a importância do equipamento para a assistência à saúde na região.
“Haverá a dação do terreno do Hospital Regional ao Governo do Estado e, dessa forma, com o termo de reparação da Vale, poderemos logo reiniciar as obras. Quando a dação estiver concretizada, haverá processo licitatório da obra e da gestão do hospital, que vai fazer uma grande diferença no atendimento a toda a população da região”, afirmou Baccheretti.
Hospital Regional
As obras do Hospital Regional foram iniciadas em 2010 e paralisadas em 2017. A unidade tem previsão de 226 leitos. O equipamento integra os estudos de diagnósticos que foram anunciados para todos os hospitais regionais que tiveram as obras paralisadas no estado. Na época de sua paralisação, o percentual estava em aproximadamente 56%, mas serão realizados os estudos para avaliar o empreendimento e a definição do percentual atual, uma vez que sofreu com depredação ao longo do tempo de interrupção das intervenções.
A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, falou sobre a importância do hospital para o município e para toda a Zona da Mata.
“Nós queremos resolver este problema para que o Estado possa, assim que possível, retomar as obras e concluí-la. Será um hospital regional do Estado de Minas Gerais, que servirá muito bem a Juiz de Fora e à região”, afirmou a prefeita.
Agricultura
Ainda em Juiz de Fora, o governador Romeu Zema inaugurou a nova sede regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas (Emater-MG). Durante o evento de inauguração, Zema também entregou o primeiro registro de uma queijaria da região caracterizada como produtora de Queijo Minas Artesanal “Serras da Ibitipoca”, e participou do lançamento de curso superior na área de leite e derivados no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT).
A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, participou da cerimônia, ao lado de diretores e representantes da Epamig e da Emater-MG, e destacou a importância dos projetos e da valorização do agricultor mineiro e de seus produtos.
“Cada vez mais nossas vinculadas trabalham em parceria, juntas, sempre buscando o desenvolvimento rural, sustentável, com atenção muito especial aos nossos agricultores familiares. Parabéns aos primeiros produtores que receberam os registros. Tenham certeza de que vocês estão abrindo portas e que muitos produtores da região também vão buscar este caminho da produção regularizada que, com certeza, vai trazer cada vez mais benefícios e renda para toda a família”, afirmou a secretária Ana Valentini.
Sede Emater
A nova sede, que funcionará dentro do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT/Epamig), vai auxiliar o trabalho da Emater de apoio aos produtores de Juiz de Fora e entorno para melhor aproveitamento da produção, comercialização e acesso a programas como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Crédito Rural.
Em 2020, foram prestados pela Emater quase 5.000 atendimentos no município a mais de 250 agricultores familiares. Em todo o estado, a empresa de assistência conta com 799 escritório ativos, cobrindo mais de 90% do território mineiro.
Registro queijaria
O governador também entregou o primeiro registro de uma queijaria da Serras da Ibitipoca, região recentemente reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA) ao lado de outras sete localidades no estado. Juiz de Fora é uma importante produtora de leite, com mais de 20 milhões de litros anuais. Outras queijarias na região também iniciaram o processo de registro junto ao Estado.
O registro, concedido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), será dado à propriedade Fazenda Guimarães de Lacerda, localizada em Santa Bárbara do Monte Verde, a 60 quilômetros de Juiz de Fora. O local é pioneiro no resgate da produção de Queijo Minas Artesanal na região e foi fundamental para o reconhecimento da região de Serras da Ibitipoca como produtora de queijo.
O produtor Antônio Henrique Duarte Lacerda e seu filho Arthur Henrique Lacerda, comemoraram o registro.
“Nós recebemos agora, a partir do nosso trabalho, de legalização da queijaira, do queijo artesanal da Serra do Ibitipoca, um certificado que nos dará a liberdade de realizar um melhor trabalho, e que nosso produto seja confiável para os consumidores, o que é fundamental”, afirmou Antônio Henrique.
Na prática, esse reconhecimento significa que os locais seguem os processos tradicionais de produção do queijo e que a comercialização do produto pode ser feita de forma legal.
Curso superior
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas (Epamig), por meio dos Institutos Tecnológicos: Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) e do Instituto Técnico de Agropecuária e Cooperativismo (Itac), passará a oferecer cursos superiores nas áreas de leite e derivados. A iniciativa já foi aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.
O curso de tecnólogo oferecido pelo ILCT terá duração de três anos, sendo dois anos e meio de aulas e seis meses de estágio. A perspectiva é de que seja disponibilizado a partir do próximo ano.
Uma Comissão Pedagógica Multidisciplinar, instituída para este fim, trabalha na proposta deste novo curso da Epamig/ILCT que, em breve, será submetida à Secretaria de Estado de Educação (SEE). A autorização do Conselho Estadual é válida também para os cursos de pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado). Dessa forma, a Epamig, que já é parceira da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Embrapa Gado de Leite no Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados, poderá chancelar novos cursos.
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