Foco de Atenção
Nos tempos atuais, em que os vestibulares estão cada vez mais concorridos e os concursos públicos mais recorridos, incluindo especializações, mestrados e doutorados, vamos falar do foco de atenção dos estudantes, seja de que idade for. Estes estudantes estão sempre se queixando que estudam muito e os resultados não são satisfatórios.
Temos que avaliar diversos fatores. Um deles é a dificuldade em se concentrar nos estudos de forma incisiva. Nosso cérebro tem mania de se concentrar no prazer, quando falamos em estudar sem prazer, certamente o que está sendo estudado não é uma escolha do cérebro em termos de estímulo codificador e armazenador. Observando-se também que nossa visão só capta os estímulos, mas, na verdade, quem presta atenção é o nosso cérebro.
Outro fator interessante, quando se trata de memória, é que somos sensíveis aos nossos sentimentos, e a nossa memória armazena mais os acontecimentos carregados de emoções do que os acontecimentos triviais. Portanto, o ato de estudar tem que estar também carregado de emoção como: estou estudando o que é importante para minha vida, terei tais e tais benefícios, passarei a maior parte de minha vida trabalhando com isso, o que me causará muito prazer...
Perceber e respeitar o fato de que só conseguirá passar no momento em que o cérebro estiver amadurecido e preparado para tal. Muitas vezes a pessoa está estudando para satisfazer o ego dos familiares e não por prazer pessoal; outras vezes pela obrigação de ter que produzir, quando gostaria de estar apenas em casa e não tem coragem de assumir tal ato; outras vezes não se sente capaz. Há casos em que só o fator dinheiro interessa. Outros estudam com muita raiva, principalmente das matérias em que é obrigado a estudar. Já outros são os eternos estudantes que por medo de enfrentar a vida só estudam.
Enfim, existem casos e casos de pessoas que estão fadadas a não passar, não só os citados acima, mais também outros recorrentes. Nestes casos é preciso buscar ajuda e fazer o auto-conhecimento, lembrando sempre que tudo aquilo que incomoda a alguns e que é pesquisado, certamente no futuro beneficiará à todos.
Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar
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